Justiça nega liberdade para o vereador Valtão

Parlamentar segue preso na Penitenciária Estadual de Ponta Grossa e é investigado pelo crime de corrupção passiva e organização criminosa

A magistrada Erika Watanabe, juíza da 1ª Vara Criminal de Ponta Grossa, decidiu negar o pedido de revogação da prisão preventivaapresentado pela defesa do vereador Walter José de Souza, o Valtão (PRTB). A decisão foi tomada nesta sexta-feira (18) e Valtão segue detido na Penitenciária Estadual de Ponta Grossa (PEPG).

A decisão da magistrada ressalta que a prisão preventiva é cabível já que os crimes imputados ao vereador (corrupção passiva e organização criminosa) superam uma pena de quatro anos, tempo mínimo previsto pelo Código Penal para cumprimento da pena em regime fechado. 

A defesa de Valtão também argumentou que o vereador tem problemas de saúde e, por isso, deveria cumprir a pena em casa. Diante do pedido, a magistrada argumentou qu "no presente caso, em que pese a documentação apresentada descreva as enfermidades que acometem o investigado, não há elementos que indiquem risco concreto e imediato à sua saúde", diz Erika na decisão. 

"Ademais, é certo que o estado de saúde do investigado deve ser tratada com atenção por parte do estabelecimento penitenciário e por este juízo, porém não restou demonstrado que ele esteja debilitado ou que não possa receber o tratamento adequado enquanto perdurar a prisão", defende a juíza. 

Prisão e investigação

Walter está preso junto do também vereador, Ricardo Zampieri (Republicanos) e do presidente da Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte (AMTT,) Roberto Pelissari. Os vereadores e o presidente da AMTT são investigados em um esquema de corrupção envolvendo o EstaR Digital.  

Os três agentes públicos e outros quatro empresários foram presos pelo Gaeco na última terça-feira (15). Os empresários presos são Antonio Carlos Domingues de Sá e Alberto Abujamra Neto, sócios da empresa Cidatec, e João Carlos Barbiero e Celso Ricardo Madrid Finck, ligados ao grupo.