Câmara pode discutir cassação de Valtão nesta tarde

Sessão extraordinária foi convocada para votação de projetos de adequação do orçamento, mas cassação do vereador do PRTB pode entrar na pauta

Com as sessões normais encerradas oficialmente no dia 14, os vereadores de Ponta Grossa voltam a se reunir na tarde desta segunda-feira (21) em sessão extraordinária para discutir readequações no orçamento do município ainda para 2020, por isso a urgência da votação do projeto de lei. No entanto, há ainda outro assunto que agita os bastidores do Poder Legislativo da cidade: a prisão de dois vereadores pelo Gaeco, no dia 15, por problemas envolvendo a CPI do Estar Digital.

Na prática, os vereadores se reúnem hoje para votar um remanejamento no orçamento destinado à Secretaria Municipal de Educação, órgão comandado por Esméria Savelli. O projeto prevê o remanejamento de R$ 13 milhões que serão destinados à folha de pagamento dos professores. No entanto, o pedido de cassação do vereador Walter José de Souza, o Valtão, já foi entregue à presidência da Casa pelo colega de casa e de partido do preso, Sargento Guiarone (PRTB).

Caso o pedido de Guiarone seja aceito, a vaga de Valtão ficaria com o vereador Celso Cieslak (PRTB), primeiro suplente da coligação - Guiarone também faz parte da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) investigada pelo Gaeco e também foi alvo de mandados de busca e apreensão. O presidente estadual do partido, Adalmo Ronilson Alves, já havia adiantado que os suplentes “iam quer a cadeira de Valtão”. 

No pedido de cassação protocolado junto à Mesa do Poder Legislativo, Guiarone cita a prisão preventiva de Valtão e argumenta que os fatos apurados pelo Gaeco causaram “vexame e constrangimento” ao partido e ao próprio Legislativo. Valtão foi reeleito para o quarto mandato nas eleições de novembro e foi o primeiro vereador preso a ser diplomado em Ponta Grossa.

Situação de Zampieri segue indefinida

Já no caso de Ricardo Zampieri (Republicanos), os parlamentares ainda avaliam se também farão o pedido de cassação do presidente da CPI do Estar Digital. Isso porque, diferente de Valtão, Zampieri não foi reeleito para a Câmara – ele abriu mão de uma nova candidatura para sair como candidato a vice-prefeito na chapa comandada por Márcio Pauliki (Solidariedade) e ficou em terceiro lugar na disputa eleitoral. No entanto, como um pedido de cassação teria impacto direto na vida pública do vereador preso, a possibilidade de cassação ainda não está descartada.