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Inventor de PG perde batalha para a Covid-19

Edir Cipriano faleceu nesta sexta-feira, aos 67 anos. Reconhecido inventor, ele patenteou e produzia máquinas para serraria, as quais eram vendidas para todo o país

Edir faleceu nesta sexta-feira, em Ponta Grossa
Edir faleceu nesta sexta-feira, em Ponta Grossa -

Fernando Rogala

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Edir Cipriano faleceu nesta sexta-feira, aos 67 anos. Reconhecido inventor, ele patenteou e produzia máquinas para serraria, as quais eram vendidas para todo o país

Nesta sexta-feira (8), um talento nato, um inventor ponta-grossense, deixou este plano e encerrou sua passagem física pelo planeta Terra. Faleceu, aos 67 anos, Edir Cipriano, vítima do novo coronavírus. Morador do Parque do Café, bairro Chapada, ele era bastante conhecido não só na região onde morava, mas também em inúmeros estados brasileiros por suas invenções patenteadas no ramo de serraria. Todas feitas de forma artesanal, no quintal de casa. Edir foi contaminado pela Covid, e após nove dias na UTI, quando começou a reagir ao tratamento, sofreu um AVC e não resistiu.

Natural de Palmeira, morou em diversas cidades, até se estabelecer em Ponta Grossa há mais de 30 anos. A paixão pelas invenções o acompanhava desde cedo, desde os 14 anos, quando começou a fazer suas primeiras ‘engenhocas’. E o que comprova seu talento nato é que para construir as grandes máquinas, que suportavam pesadas toras de madeira, as quais eram reduzidas a serragem, é que ele não se formou em engenharia, muito menos fez ensino superior – ele sequer concluiu o Ensino Fundamental. Toda engenharia era vislumbrada em seu cérebro.

A qualidade de seus produtos era comprovada através dos contatos e das visitas de empresários dos quatro cantos do Brasil, que ouviam ou viam de amigos e conhecidos, a funcionalidade dos maquinários que faziam serragem pra granjas, haras, estábulos, entre outros. “Vinham empresários do Brasil todo comprar essas máquinas: Mato Grosso, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo. O nome da cidade foi levado pra inúmeros lugares diferentes”, resume Julian Gabriel Gasperin, enteado do inventor.

Para fazer suas funcionais obras primas, levava, em média, um mês. A última delas, feita para um consumidor da Bahia, ficou pronta antes de seu quadro de saúde agravar, e apenas aguarda o transporte ao destino final.  “Eram obras de engenharia mesmo, que ele inventou e patenteou. Ele tinha uma inteligência tremenda, tudo isso era um dom. Foi um grande homem”, lamenta.

Morte

Edir Cipriano faleceu no Hospital Geral Unimed, e o enterro aconteceu às 18h30 no Cemitério do Taquari dos Polacos. Como morreu devido às complicações da Covid, sequer houve velório, e seu corpo foi levado direto ao cemitério. Ele, que completaria 68 anos no próximo mês, deixou a esposa, cinco filhos e oito netos. 

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