Justiça autoriza e Valtão toma posse na Câmara de PG
Em prisão domiciliar desde o início de janeiro, Walter José de Souza está preso por corrupção envolvendo a CPI do Estar Digital
Publicado: 20/01/2021, 10:20
Em prisão domiciliar desde o início de janeiro, Walter José de Souza está preso por corrupção envolvendo a CPI do Estar Digital
Preso desde o dia 15 de dezembro como parte da Operação Saturno, Walter José de Souza, o Valtão (PRTB), foi autorizado pelo Poder Judiciário a ser empossado como vereador na Câmara de Ponta Grossa. Desde o dia 5 de janeiro, ele cumpre prisão domiciliar e teve autorização apenas para se dirigir à Câmara de Vereadores na manhã desta quarta-feira (20), entre 10h e 11h, para a solenidade reservada em que assumirá o cargo oficialmente.
O Portal aRede teve acesso a parte da decisão judicial em que a juíza substituta Érica Watanabe, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) autoriza “flexibilizar as condições impostas quando da concessão de prisão domiciliar ao denunciado Walter José de Souza, no tocante ao deslocamento de seu domicílio e contato com terceiros, exclusivamente para o fim de formalização do ato de posse a ser realizado nas dependências da Câmara Municipal de Ponta Grossa”.
A autorização é necessária porque a prisão domiciliar impede que Valtão deixe sua casa sem comunicar à Justiça, e também o proíbe de manter contato com pessoas de fora de seu círculo familiar.
O presidente da Casa de Leis, vereador Daniel Milla (PSD), disse que só deve se manifestar após a cerimônia de posse de Valtão. O advogado de Valtão também foi procurado, mas não atendeu às ligações e não retornou as mensagens. Presidente do PRTB e suplente do parlamentar preso na Câmara, o ex-vereador Sargento Guiarone também não atendeu às ligações da reportagem do Portal.
Relembre o caso
A Operação Saturno foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) no dia 15 de dezembro. Ao todo, 22 mandados de busca e apreensão foram cumpridos pelas autoridades na Câmara Municipal, na Prefeitura, na sede da AMTT e também nas residências dos investigados. Paralelamente, a Câmara Municipal de Ponta Grossa (CMPG) já discute a cassação de Valtão.
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