Ponta Grossa
22 de janeiro de 2021 18:50
Fernando Rogala
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Média de ocupação em 2020 em Ponta Grossa foi de 36%. Taxa média em 2019 foi de 55%
O setor hoteleiro de Ponta Grossa foi um dos mais impactados
da economia em 2020 com a pandemia do novo coronavírus, a exemplo do que aconteceu
em âmbito nacional. Mesmo com taxas positivas de ocupação em janeiro e
fevereiro, acima da média anual de 2019, o vírus derrubou as hospedagens em
março e atingindo o mínimo em abril, fazendo com que houvesse uma queda de 19
pontos percentuais no total de ocupação dos estabelecimentos.
Números dos hotéis associados ao Ponta Grossa Campos Gerais
Convention & Visitors Bureau apontam que a taxa de ocupação foi de apenas
36% no ano, o que representa uma baixa de 34,5% na movimentação dos hotéis,
tendo em vista que essa taxa chegou a 55% em 2019. Como esses números
apresentavam crescimento constante todo ano, foi a primeira baixa anual desde
que o Ponta Grossa Campos Gerais Convention & Visitors Bureau monitora os
dados juntos aos associados.
Para o diretor do Convention, Henrique Plattek, os dados
negativos já eram esperados, porém o maior prejuízo vem com a soma de outros
fatores relacionados ao dia a dia de um hotel, o que inclui a inflação. Ele
explica que a diária média teve um aumento médio de apenas 1% no ano, ficando
abaixo da inflação. Porém, os gastos aumentaram. Essas altas pegaram todos de
surpresa, pois foi um momento de desaceleração econômica, momento de segurar
preços ao consumidor, mas os insumos continuaram subindo. O bom momento de
investimentos e crescimento em que estávamos antes da pandemia ainda irá
demorar bastante para voltar”
O hoteleiro Daniel Wagner, presidente do Sindicato
Empresarial de Hotelaria e Gastronomia dos Campos Gerais, também demonstra
preocupação. “O setor tem custos fixos muito altos, e por isso sofreu bastante
em 2020 com a pandemia, uma vez que ao mesmo tempo em que teve essa queda
brusca no faturamento, teve aumento de diversos custos ligados ao IGPM que
subiu mais de 20%, e os custos extras com os protocolos de prevenção à
covid-19”, ressalta.
Ocupação caiu para 13% em abril
O ano começou com uma taxa de ocupação média de 56% nos
meses de janeiro e de fevereiro, acima da média anual de 55% em 2019. Em março,
quando foram anunciadas as medidas restritivas, na segunda quinzena, houve o
primeiro impacto, reduzindo taxa de ocupação para 41%, e chegou ao mínimo de
apenas 13% dos leitos ocupados em abril. Desde então, houve um crescimento,
para 22% em maio e 29% em junho, não baixando de 30 desde então. As maiores
taxas ocorreram em outubro e novembro, com 48%, dois pontos percentuais acima
dos 46% de dezembro.
Com informações das assessorias