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Mulheres ocupam 60% dos cargos de gestão em PG

Grande parte da gestão da empresa é ocupada por mulheres

Julia Borato Bechtold - Head de Web Agência ADE! Propaganda de Resultado
Julia Borato Bechtold - Head de Web Agência ADE! Propaganda de Resultado -

Da Redação

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Grande parte da gestão da empresa é ocupada por mulheres


Segundo dados do Ministério da Economia divulgados em setembro de 2020, no Brasil, as mulheres fazem parte de aproximadamente 42,4% dos cargos de liderança nas empresas. A porcentagem ainda é menor em relação às gestões representadas por figuras masculinas, contudo, diversos países têm olhado para essa questão e promovendo a igualdade de gêneros nas oportunidades.

Ainda são vários os motivos que levam a ter mais homens em posições de poder do que mulheres, uma delas, de acordo com a IPSOS - empresa de consultoria de mercados é que segundo pesquisa realizada, três em cada 10 pessoas não se sentem confortáveis em ter uma mulher como gestora.

Considerando os dados de pesquisa, pode-se dizer que existe uma empresa em Ponta Grossa que caminha na contramão destas estatísticas, considerando que a maioria dos cargos de liderança são ocupados por mulheres. Levando em conta os cinco setores da agência de publicidade sendo eles atendimento, criação, marketing digital, web e financeiro, as mulheres ocupam funções que são chamadas de HEAD’S – ‘’diretoras’’, em três deles.

Elvyn Lars tem 33 anos, é publicitária e Head de Atendimento na Agência ADE!.  Contou que chegou a esse cargo com muito trabalho, destaque em vendas, jogo de cintura e educação na hora de atender clientes. Contudo, nem sempre foi assim. Elvyn relatou que em seu emprego anterior, sofreu preconceito por ser mulher. Na maioria dos desdobramentos de tarefas e materiais que precisavam ser entregues, ela dizia que um colega homem tinha desenvolvido, para que assim, o material fosse aprovado. ‘’ Eu tinha que fingir que as coisas que eu fazia eram do meu colega para serem positivadas e elogiadas. Porque quando se tratava do meu trabalho, eu era ofendida e maltratada pelo meu gestor.’’, lamentou.

A Head de Atendimento foi uma das pessoas que viu a empresa em que trabalha crescer e evoluir nesse quesito, pois afirmou que no início de sua jornada, a agência era formada por mais homens do que mulheres e por vezes, as mulheres tinham pouco poder de decisão, mas que hoje em dia é bem diferente.

Com relação a afirmação de Elvyn, Thaiane Isabele Falcão (22), licenciada em Letras, concorda e enxerga que atualmente a agência dá espaço de trabalho para todos, sem nenhuma distinção. Thaiane é Head de Marketing Digital na ADE! e discorreu como chegou a um cargo de gestão. ‘’ Acredito que o que me levou a esse cargo foi sempre buscar alternativas e soluções para os problemas que surgiam, ao invés de apenas reclamar. Além de manter tudo o mais organizado possível.’’

Quando questionada sobre o que a motiva liderar uma equipe, ela afirmou que é ver o quanto este espaço vem sendo tomado por mulheres. ‘’Logo que entrei na agência no ano de 2017, meu setor era formado por três pessoas e o líder da equipe era um homem. Hoje, o mesmo setor é composto por 15 pessoas, sendo a maioria mulheres.’’ A Head de Marketing Digital acha que ter mulheres em posições importantes colabora muito para que haja igualdade dentro de uma empresa e para que outras mulheres se sintam à vontade e inspiradas a crescer.

A Agência ADE! existe há 10 anos e dentre todas essas mudanças já citadas, o setor de Web da empresa também passou por adaptações. Até o ano de 2018, era composto apenas por homens. Atualmente, a sua maioria continua sendo de homens, mas com um diferencial. Quem ocupa o cargo de gestão do setor é uma mulher de 21 anos. Julia Borato Bechtold é estudante de Engenharia de Computação e é Head de Web na empresa. Julia entende que o que a levou a alcançar um cargo de alta responsabilidade com pouca idade foi a confiança da agência em seu trabalho e também sua dedicação às atividades do setor. ‘’Eu sempre quis mostrar para os outros e para mim mesma do que sou capaz, desde pequena. E acho que isso é uma grande motivação para mim e o que me torna uma excelente profissional para lidar com todos os tipos de situações possíveis, sendo capaz de resolvê-las.’’, explanou.

De acordo com a visão de Julia, na área de engenharia de computação ou qualquer outra de tecnologia da informação, a presença feminina ainda é muito baixa. ‘’Por ser mulher eu já fui recusada em vagas de empregos, e muitas vezes isso foi desanimador pra mim. Mas justamente pelo mesmo motivo – de ser mulher nessa profissão, existem pessoas que ao contrário disso, admiram.’’

Além de Elvyn, Thaiane e Julia, os relatos de preconceitos e em contrapartida de reconhecimento profissional são muitos e por isso, a vontade de liderar, o trabalho contínuo e o desenvolvimento continuam fazendo parte da rotina das mulheres em muitas empresas.

Com isso, entende-se que as ações e visões das corporações fazem uma conexão direta e refletem percepções e valores que são formados por pessoas. Sendo assim, um questionamento é aberto. Quantas pessoas acreditam que as mulheres devem ter as mesmas oportunidades que os homens? E quantas ainda acham que mulher deve ser a convencional dona de casa? Seja qual for a posição de cada mulher em nossa sociedade, o esperado e justo, é que elas sempre estejam em condições de escolhas por conta própria.

Texto produzido por Marina Machado.

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