Professora da Academia de Letras morre aos 95 anos

Comunicado foi realizado via redes sociais da Academia de Letras dos Campos Gerais

A professora e fundadora da cadeira Nº 9 da Academia de Letras dos Campos Gerais (ALCG), Guísela Velêda Frey Chamma, faleceu aos 95 anos neste domingo (4). O comunicado foi realizado via redes sociais da ALCG, em um texto elaborado pela própria docente, em 2015, o qual trazia, na sua visão, como ela gostaria de ser lembrada.

Confira abaixo a nota:

“Nasceu em Araguari, Minas Gerais, e veio criança ainda morar em Ponta Grossa, Paraná, com uma tia já idosa, solteira, irmã de sua mãe.

Estudou no Colégio Sant´Ana, onde fez o curso ginasial e o segundo grau.

Lecionou na antiga Escola Normal Prof. Cesar Prieto Martinez e no começo, como professora suplementarista e depois já efetiva, no Colégio Estadual Regente Feijó, nomeada pelo Governador Nei Braga, após passar por concurso que era obrigatório.

Foi nomeada pelo Governador Paulo Pimentel como Professora Catedrática de Introdução, Crítica e Filosofia da História na Universidade Estadual de Ponta Grossa, após passar em concurso, disputado por inúmeros concorrentes.

Continuou sempre estudando, procurando conciliar seus horários de aulas com aqueles que dedicou aos seus cursos, já que por ser recente a sua vida de professora, não conseguia licença para viajar e realizar as suas pretensões.

Assim com o passar dos anos, além de já ser formada nos cursos de Geografia e de História, conseguiu se formar em Direito em Curitiba e Pedagogia em São Paulo.

Fez o Mestrado e Doutorado em História em São Paulo, e inúmeros cursos de Especialização na Unicamp, na Universidade Federal de Uberlândia, na Universidade Federal de Curitiba, na Universidade Federal de Nova Friburgo e na Universidade Hebraica de Jerusalém.

Sempre gostou muito de escrever, e por causa de seus estudos sempre se dedicou muito à pesquisa histórica.

Já publicou alguns livros e continua sempre escrevendo. Ultimamente, por estar aposentada do magistério, está se dedicando a escrever romances, que não necessitam de pesquisas demoradas e difíceis para a sua concretização.

No romance basta deixar a mente divagar e os assuntos vão surgindo e aí o livro está pronto.

Mora atualmente em Curitiba, mas mantém sua moradia à sua disposição em Ponta Grossa, pois não quer se desligar desta cidade onde viveu muito tempo, feliz e realizada”.