Milla pede transparência no transporte coletivo de PG

Parlamentar cita que, em caso extremo, o contrato com a concessionária deve ser rompido

O presidente da Câmara Municipal de Ponta Grossa (CMPG), Daniel Milla (PSD, conversou na tarde de hoje (6) com o Portal aRede sobre o impasse no transporte público coletivo da cidade ponta-grossense. O serviço entrou na 3ª semana de paralisação e até o momento não há acordo para que as atividades retornem, seja da Prefeitura Municipal de Ponta Grossa (PMPG), Viação Campos Gerais (VCG) ou Sintropas, sindicato que representa a classe dos trabalhadores da concessionária.

De acordo com o parlamentar, a greve dos funcionários é legítima, pois eles prestaram serviço para a cidade e não receberam por isso. “Não pode continuar o trabalhador sem ganhar salário e não deve a empresa seguir sem ser notificada pela Prefeitura, para receber uma carta com um prazo de pagamento” de suas obrigações.

Segundo a Viação Campos Gerais, a empresa já tem um prejuízo de R$ 50 milhões, desde o início da pandemia da covid-19. Com isso, de acordo com Daniel, a Câmara tem solicitado uma planilha detalhada da empresa, para saber quais são os custos mensais. Entretanto, o presidente da Casa do Legislativo afirma que não há transparência da concessionária. “O contrato que foi feito em 2004 não permite que ela mostre os gastos detalhados. Fizemos esse questionamento. Como resolver o impasse se uma empresa alega que tem prejuízo, mas não mostra onde está o prejuízo”, questiona.

Além disso, durante a conversa com o Portal aRede, Milla explica que, em caso extremo de não cumprimento de contrato, a Prefeitura deveria romper com a VCG e abrir uma nova licitação para o transporte coletivo. “O erro hoje é da concessionária que não está cumprindo com as suas obrigações. É preciso transparência no caixa da VCG”, diz o vereador, que afirma que uma nova licitação possa resolver o serviço na cidade de Ponta Grossa, tanto nas atividades como nos preços.

Audiência

No fim da tarde de hoje (6), a Justiça do Trabalho convocou uma audiência virtual, entre a Prefeitura Municipal de Ponta Grossa (PMPG), Viação Campos Gerais (VCG) e Sintropas, para que houvesse uma tentativa de acordo para o retorno das atividades do transporte público coletivo. Entretanto, após o bate-papo, nenhum acordo foi firmado e o serviço segue suspenso na cidade, entrando na 3ª semana de paralisação. O Sintropas afirma que foi instaurado dissídio coletivo e que será julgado pelo TRT.