Jovem denuncia venda de atestado falso em PG

Denúncia foi realizada na última terça-feira (25), em publicação via redes sociais

O ponta-grossense Murillo Antonio Cheremeta realizou uma denúncia, na última terça-feira (25), sobre a compra de atestados falsos para receber a vacina contra a covid-19, em Ponta Grossa. Ele publicou um vídeo, via redes sociais, relatando o caso e afirmando que tomará providências junto as autoridades.

Segundo o jovem de 25 anos, que diz ter “coração perfeito, pulmão perfeito e saúde perfeita”, ele decidiu verificar a situação após uma amiga sua, que sofre de asma, não ter conseguido agendar a sua imunização, por conta de o atestado dela estar desatualizado. “Indicaram um médico e ela entrou em contato com a clínica desse profissional. Falaram que o atestado teria um custo de R$ 150. Sinceramente, não acreditei nisso. Fui tirar as minhas próprias conclusões”, comentou.

Após isso, Murillo teria entrado em contato com o consultório e, “por WhatsApp, me mandaram uma chave Pix. Eu mandei o dinheiro e eles me enviaram o atestado”, relatou no vídeo que foi publicado, sem citar o nome de nenhum profissional da saúde. O ponta-grossense ainda afirmou que tomará todas as medidas legais sobre o ocorrido. “Não falaria isso se eu não tivesse provas explícitas do que estou falando”.

Por fim, Murillo fez um apelo para que as pessoas denunciem casos como o dele. “Se você sabe de alguém que comprou receita, atestado médico, entenda: você não está furando uma fila. Não está desburocratizando algo. Você está roubando a oportunidade de alguém sobreviver”, finalizou.

Atestado

Segundo o documento, “declaro a pedido do paciente e com a sua autorização, que o(a) Sr. Murillo Antonio Cheremeta... é portador de condição prioritária para vacinação contra a COVID-19 assinalada a seguir, conforme o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a COVID-19”.

Ainda de acordo com o documento enviado para Murillo, ele teria a comorbidade “Pneumopatia crônica grave” e relata. “Indivíduos com pneumopatias graves incluindo doença pulmonar obstrutiva crônica, fibrose cística, fibroses pulmonares, pneumoconioses, displasia broncopulmonar e asma grave (uso recorrente de corticoides sistêmicos, internação prévia por crise asmática”.

Por fim, o suposto atestado falso declara “também que o paciente acima citado está sob meus cuidados médicos e acompanhamento”, fazendo o uso de Digoxina.