SindServ pede na Justiça a suspensão das aulas em PG

Sindicato dos Servidores Municipais entrará com ação na Justiça pedindo a suspensão das aulas na rede municipal

Após consulta aos trabalhadores da Educação da Rede Municipal de Ensino, a direção do Sindicado dos Servidores, através da sua assessoria jurídica, irá entrar com uma ação na Justiça do Trabalho pedindo a suspensão das aulas presenciais, e que o ensino remoto seja de 100%.

Há alguns dias, o Sindicato vem pedindo a suspensão das aulas presenciais. Na última quarta-feira, 26, um ofício foi encaminhado ao CGAG – Comitê de Gerenciamento das Ações Governamentais, para a prevenção e a defesa da COVID-19. Desde o dia em que foi protocolado, o processo está parado e nenhuma resposta foi encaminhada ao Sindicato. Nem mesmo um não foi dado aos trabalhadores da Educação.

Todos os Municípios de médio e grande porte do Paraná, estão com as aulas presenciais suspensas: Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel, Foz Do Iguaçu, Guarapuava, entre outros. No caso de Londrina e Maringá, há um pedido do Ministério Público e Vara da Infância, para que as aulas presenciais retornem imediatamente. A administração dessas duas cidades responderam ao MP, que são contra este retorno, em virtude da gravidade do momento em relação aos casos de covid.

No caso de Maringá, a Procuradoria do Município disse que, “a determinação para retorno das aulas presenciais, neste pior momento da pandemia, seria precipitado, o que poderá causar danos e perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão".

Médicos, especialistas, diretores de hospitais e o próprio Secretário do Estado da Saúde, Beto Preto, dizem que estamos no pior momento da Pandemia desde o seu início, em março de 2020. A fila de espera por leitos de hospitais ultrapassam a 1.200 pessoas, o número de paranaenses internados em função da COVID-19 nunca foi tão grande.

‘Sendo assim, por estes motivos citados acima, entendemos que em Ponta Grossa as aulas presenciais devem ser suspensas imediatamente. Seja de forma administrativa, com os nossos gestores colocando a mão na consciência, ou mesmo, por medida judicial’, diz o sindicato através da nota.

‘Ou teremos que ter antes da suspensão das aulas presenciais por estes órgãos, mais mortes de trabalhadores da Educação Municipal e Estadual? Ou pior, até mortes de alunos para depois tomar esta atitude? Fica aqui o nosso questionamento’, complementa a entidade.