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'Plano Diretor' pode impactar moradias populares de PG

Construtores protestaram na Câmara Municipal de Vereadores e pediram mudança no texto.

Audiência pública discutiu o 'Plano Diretor' da cidade de Ponta Grossa.
Audiência pública discutiu o 'Plano Diretor' da cidade de Ponta Grossa. -

Rodolpho Bowens

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Construtores protestaram na Câmara Municipal de Vereadores e pediram mudança no texto

Em análise na Câmara Municipal de Ponta Grossa (CMPG), o Projeto de Lei (PL) nº 451/2019, que trata do Plano Diretor, está sendo contestado pela construção civil. Isso porque, segundo órgãos ligados ao setor, algumas regras incluídas na proposta, como a ocupação máxima de terreno e testada mínima de casas, além de regras contra a geminação, inviabilizariam a habitação popular, destinada às famílias de mais baixa renda e onde se encontra o maior déficit do município. Segundo dados da Companhia de Habitação (Cohapar), atualmente Ponta Grossa ocupa a quarta posição entre os municípios com maior falta de moradias no Estado e mais de 17 mil pessoas aguardam na fila da Companhia de Habitação de Ponta Grossa (Prolar).

Durante a audiência pública realizada pela ‘Comissão Especial’ que analisa o Plano Diretor, na tarde da última quarta-feira (27), empresários e trabalhadores da construção ocuparam a Galeria da Câmara e com faixas pediram atenção do Poder Legislativo ao caso.

De acordo com presidente da Associação Paranaense de Construtores (APC), Ariel Tavares, caso seja aprovado como está, o ‘Plano’ aumentará o vazio urbano na cidade ao inviabilizar o uso de lotes mais antigos, o que aumentará significativamente o valor das casas empurrando os mais pobres para bairros ainda mais distantes. “A testada mínima de seis metros e área de 180 metros quadrados impede que se faça duas casas nos lotes padrão que temos hoje nos bairros mais próximos. Isso torna o custo muito alto para uma família com renda mais baixa. Nós poderemos construir, mas as pessoas não terão como comprar, porque o valor ultrapassa o teto dos programas habitacionais. Não vai aprovar financiamento, não terá subsídio. As casas mais em conta terão que ser feitas ainda mais longe. Em lugares sem infraestrutura, o que gera mais demandas também para o Poder Público, não faz nenhum sentido isso”, explicou.

Segundo Ariel, há também a preocupação com a geração de emprego e outras questões econômicas que envolvem o setor, pois a construção movimenta uma das cadeias produtivas mais importantes do país. “Se o construtor não constrói, não tem emprego para o pedreiro, a loja não vende material, a Prefeitura não arrecada com impostos”, apontou, lembrando que empresas que hoje operam exclusivamente no Programa Casa Verde e Amarela (antigo Minha Casa Minha Vida) já sinalizaram que irão para outros municípios caso o Plano Diretor seja mantido como está. “Vai haver desemprego, vai cair a arrecadação e o déficit habitacional vai aumentar. É um cenário muito claro”, finalizou o presidente.

Com informações: Assessoria de Imprensa APC.

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