PG tem aumento de casos de síndromes respiratórias graves

Mesmo com a elevação dos casos positivados de covid-19 e Influenza H3N2, a Prefeitura não discute aplicar medidas restritivas na cidade

Diante do aumento de casos da covid-19 – o último ‘Boletim’, de quinta-feira (6), registrou 91 novos positivados – e de um “surto de gripe”, segundo a Fundação Municipal de Saúde (FMS), a cidade de Ponta Grossa registrou, nos últimos dias, um aumento de 45% nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). A informação é da Prefeitura Municipal de Ponta Grossa (PMPG), após o Portal aRede solicitar qual o atual cenário epidemiológico do coronavírus e da Influenza H3N2 na cidade ponta-grossense.

Mesmo com o aumento dos casos, o Poder Executivo afirma que não avalia aplicar novas medidas de restrição no Município. “Não existe discussão neste sentido nem evidências para isso no momento”. De acordo com o presidente da FMS, Rodrigo Daniel Manjabosco, o aumento de casos na cidade se deve pela circulação da variante da covid-19 Ômicron. “A avaliação é de que os casos têm aumentado em decorrência da diminuição de medidas restritivas, incluindo o distanciamento social e ações sanitárias preventivas, além da circulação da nova variante Ômicron e da nova cepa da Influenza”, comenta.

Apesar de a cidade registrar elevação nos casos, assim como em todo o Mundo – foram anunciados, na última quinta-feira (6), mais de 2,5 milhões de positivados para o coronavírus –, o número de internações segue baixo no Município, muito por conta da vacinação contra a covid-19 e a própria Influenza. “Até o momento, o aumento do número de internamentos tem sido pequeno”, esclarece a Fundação Municipal de Saúde. Em Ponta Grossa, 95,3% das pessoas, acima de 12 anos, já receberam as duas doses (ou dose única) do imunizante – confira aqui.

Com o objetivo de evitar o contágio de ambos os vírus, Manjabosco alerta que, “neste momento, segue sendo importante a manutenção de medidas como o uso de máscaras, álcool em gel, distanciamento, bem como evitar aglomerações e ambientes fechados com pouca circulação de ar”, ressalta o presidente da Fundação Municipal de Saúde de Ponta Grossa. Além disso, vale destacar a importância de se vacinar contra ambas as doenças para se evitar casos graves. A imunização é aconselhada e aprovada por órgãos como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) – Brasil, Federal Drug Administration (FDA) – Estados Unidos, e Agência Europeia de Medicamentos (EMA) – Europa.

2021 é o ano com mais óbitos em Ponta Grossa

O último ano foi o período com mais mortes já registradas na cidade ponta-grossense, muito por conta da covid-19 – a doença aumentou 49,3% o número de óbitos no Município. Segundo o levantamento ‘Relatório Anual Cartório em Números’, realizado pela Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg), Ponta Grossa teve 3.910 óbitos em 2021, sendo 1.291 por conta da Sars-CoV-2.

O mês com mais mortes da doença foi em março, vitimando 321 pessoas. Já o período com menos óbitos foi em dezembro, com nove munícipes perdendo a vida. O levantamento da Anoreg é realizado desde 2002 e, de lá para cá, o ano que havia apresentado mais mortes na cidade foi em 2016, com 2.815 óbitos (qualquer situação). Em 2020, por exemplo, ano do início da pandemia, foram 2.496 mortes (qualquer situação). Os dados estão disponíveis na íntegra clicando aqui. O relatório também mostrou que 2021 foi o ano com mais óbitos já registrados no Brasil, muito por conta do coronavírus. Acesse a matéria do Portal aRede aqui para mais informações.