PM faz operação de retomada de posse de área em PG | aRede
PUBLICIDADE

PM faz operação de retomada de posse de área em PG

Operação foi realizada pela Polícia Militar no terreno em Uvaranas, onde há o projeto de ser construído um condomínio para idosos, e foi ocupado. O líder do movimento e os participantes foram autuados

Operação foi realizada pela Polícia Militar na madrugada deste sábado
Operação foi realizada pela Polícia Militar na madrugada deste sábado -

Fernando Rogala

@Siga-me
Google Notícias facebook twitter twitter telegram whatsapp email

Operação foi realizada pela Polícia Militar no terreno em Uvaranas, onde há o projeto de ser construído um condomínio para idosos, e foi ocupado. O líder do movimento e os participantes foram autuados

A Polícia Militar realizou, na madrugada deste sábado (5), uma operação para a retomada de posse de uma área ocupada por populares nesta sexta-feira (4), na região de Uvaranas, em Ponta Grossa. A área em questão pertence ao Governo do Estado, onde a Cohapar planeja construir um condomínio para idosos. Para a operação sigilosa, foram movimentadas inúmeras viaturas, com policiais especializados não apenas de Ponta Grossa e região, mas também de Curitiba. O líder da ocupação e os participantes do movimento, que estavam no local, foram autuados.

A ação de ocupação foi liderada pelo movimento Frente Nacional de Lutas (FNL), iniciada por volta das 18 horas, e teve a participação de cerca de 200 famílias, em uma área ao lado do Parque dos Sabiás. O tenente coronel da Polícia Militar, Ginotti, concedeu uma entrevista ao Portal aRede logo após a ação para a desocupação da área, explicando a operação e destacando o projeto do Governo do Estado para o terreno. “Estamos levando a conhecimento de toda população de Ponta Grossa que a Polícia Militar realizou uma retomada de posse de uma área que pertence ao Estado do Paraná, a qual seria destinada e será destinada para a construção de um condomínio do idoso, a qual legalmente e sabiamente abrigará pessoas que necessitam de um espaço, que trabalham e conquistaram por toda vida”, disse.

Segundo o tenente coronel, a PM segue alerta para coibir outras ações do gênero que possam ocorrer. “Aqueles que, de forma ilegal, tentarem se valer de qualquer ação delituosa para ocupar áreas pertencentes ao Estado e Município, a Polícia Militar estará presente para coibir e autuar, assim como o fez, e o responsável líder da invasão foi preso”, detalhou Ginotti.

Líder do movimento detalha ‘ocupação organizada’

Antes da operação policial, ainda na noite de sexta-feira, o líder da ocupação, Leandro Dias, concedeu uma entrevista ao repórter Marcio Lopes, do Portal aRede. Nessa entrevista, Leandro explicou que o motivo da ocupação é a inatividade do município e do Estado do Paraná nos últimos anos quanto à realização, construção e entrega de projetos de moradias populares, para beneficiar a população mais carente e necessitada. “O motivo é porque a fila da Prolar está explodindo, tem 22 mil famílias e não anda. Tem mais de 10 anos que não há projetos de habitação popular pela Prolar e Cohapar”, pontuou.

Segundo ele, o desencadeamento do movimento neste momento é uma necessidade, frente às dificuldades surgidas neste momento de pandemia, que potencializou o crescimento das diferenças sociais. “A situação da pandemia deixou as pessoas em situação muito precária. As pessoas estão tendo que escolher entre comer, pagar aluguel, comprar remédio, comprar roupa. Essa é uma escolha cruel, porque é um direito básico das pessoas, é uma garantia presente nos artigos 5º e 6º da Constituição”, acrescentou. Para essa ocupação, eles tinham escolhido o nome de Acampamento Fidel Castro.

Além disso, Leandro informou que não se tratava de uma ocupação desordenada, mas uma ação organizada, com a participação de pessoas que realmente necessitam de um lar. No momento da entrevista, eles estavam organizando essa distribuição das famílias no local. “Estamos com nosso trabalho de demarcar lotes, distribuir senhas e fazer. Nós deixamos bem claro aos participantes que não pode vender nem segurar lote para outra pessoas. As pessoas assinam um termo compromisso com essas regras e tudo funciona de modo coletivo – inclusive já fizemos duas assembleias. E frisamos que é só para quem precisa, mas aparece um ou outro que já tem casa e quer pegar lote. Mas tudo é uma situação que depois vai ser mediada com a própria Prolar ou Cohapar, e quem tiver lote não vai conseguir mais à frente”, concluiu Dias. 

PUBLICIDADE

Participe de nossos

Grupos de Whatsapp

Conteúdo de marca

Quero divulgar right

PUBLICIDADE