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Advogados alegam inocência de casal em 'Caso Rômulo'

Quatro advogados representam o casal. Eles são enfáticos em dizer que o padrasto e e a mãe são inocentes. Eles dizem que avaliarão as denúncias feitas pelo delegado e que "todas as medidas cabíveis serão tomadas, inclusive em relação a um possível abuso de autoridade".

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Advogados de defesa do casal indiciado pela polícia civil apresenta a sua versão dos fatos. Confira agora no Portal #aRede | Autor: aRede.info

Igor Rosa

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Quatro advogados representam o casal. Eles são enfáticos em dizer que o padrasto e e a mãe são inocentes. Eles dizem que avaliarão as denúncias feitas pelo delegado e que "todas as medidas cabíveis serão tomadas, inclusive em relação a um possível abuso de autoridade".

O grupo de advogados que defende a mãe e o padrasto do jovem autista, Romulo Borges, de 19 anos, sustenta a versão de que o casal é inocente e que a vítima não foi assassinada, como apontam as investigações da Polícia Civil. Os dois foram indiciados e devem responder na Justiça por homicídio triplamente qualificado, tortura e cárcere privado. [Clique na imagem e assista a live]

Em entrevista ao Portal aRede, na manhã de segunda-feira (28), o delegado da 13ª Subdivisão Policial, Luís Gustavo Timossi, responsável pelo caso, relata que o "casal mentiu no depoimento e que houve adulteração na cena do crime". Tainan Laskos, porta-voz dos escritórios que representam o casal, rebate a investigação policial e afirma que isso não aconteceu. "Não houve qualquer alteração de cena de crime. O que aconteceu naquele dia foi uma fatalidade onde infelizmente vitimou o Romulo", disse. 

As investigações da Polícia Civil aponta ainda que Romulo vivia em um banheiro desativado, amarrado e amordaçado. "A defesa vê esse relatório policial com outros olhos. Nós entendemos que não houve prática de qualquer crime de tortura ou maus-tratos, e muito menos de homicídio", contesta Tainan. "Fizemos uma visita no imóvel e foi constatado que toda a casa está comprometida e demonstraremos a inocência dos nossos clientes. Hoje fazem 12 dias que ela perdeu o filho.  Ela não está aqui dando entrevista porque ela ainda está em choque com tudo que aconteceu. Ela não tem condições de prestar esclarecimentos neste momento", complementa o advogado.

O relatório enviado ao Ministério Público diz que a Polícia teve acesso ao telefonema de Samuel, padrasto de Romulo, ao socorro. Segundo as informações, o homem dizia que estava prestando socorro à vítima, fazendo massagem cardíaca. No entanto, imagens de câmeras de segurança mostram que o rapaz estava ao telefone no lado de fora da residência, apresentando sinais de nervosismo. A Polícia diz ainda que Romulo já estava morto há aproximadamente 30 minutos antes do acionamento do Samu. A defesa rebate: "O nervosismo que se fala tanto é esperado de qualquer pessoa. Tínhamos dentro de casa o Romulo, em uma situação complicada; tínhamos um padrasto tentando salvar a vida dele. Ele se desesperou e fez o que achou o que deveria ser certo. Não há qualquer indício, qualquer prova que demonstre qualquer negligência por parte do padrasto até este momento", argumenta. 

O advogado diz ainda que "se fosse em um outro cenário, o padrasto não ia ficar no imóvel, ia evadir-se do local, como é comum em crimes desta natureza. Volto a dizer, nesta situação em que todos estão imbuídos em um ambiente de tensão, os fatos podem ter alguma divergência e será mostrado que, naquele dia, nem Samuel [padrasto] e nem Renata [mãe da vítima] cometeram qualquer ato criminoso contra Romulo", ressalta Tainan. 

Segundo as autoridades, Romulo vivia em um banheiro desativado, em um local de insalubridade. "A família estava no imóvel há apenas dois meses. Este banheiro não era o único cômodo da casa. Ele pernoitava naquele local, mas tinha amplo e livre acesso a toda a residência. O imóvel tinha uma condição muito severa de desgaste, necessitava de reformas, e aquele local que ele dormia era de caráter provisório, até que a família, que é muito pobre, sem qualquer condição financeira, pudesse reformar os outros cômodos e fazer com que ele ficasse em um outro quarto", complementa o advogado de defesa. 

Segundo Tainan Laskos, a ausência de Romulo à Aproaut "se dá por conta da ineficácia do atendimento que a Renata buscou, e isso será anexado ao processo, solicitando ajuda. É uma família pobre e ela não tinha condições de ficar levando e trazendo o Romulo", diz o advogado. 

PEDIDO DE LIBERDADE

A defesa afirma que vai garantir que os direitos constitucionais do casal sejam resguardados. A mãe responde pelos crimes em liberdade; já o padrasto segue preso preventivamente na Cadeia Pública Hildebrando de Souza, porém os advogados tentam garantir a soltura do suspeito.

Tainan diz que os advogados que representam o casal vão analisar as acusações feitas pelas autoridades. "Nós vamos aguardar o posicionamento do Ministério Público. Vivemos em um estado democrático de direito. Ouvimos e assistimos a entrevista do delegado e esse juízo de acusação deve ser coibido, pois se levantou uma hipótese de que a causa da morte foi traumatismo craniano, porém até o momento não há nos autos do inquérito qualquer juntada de laudo de necropsia, então não é uma informação oficial. Esta atitude de fazer um juízo de acusação na imprensa pode ensejar um crime de abuso de autoridade cometido pela autoridade policial. Tomaremos as medidas cabíveis", finaliza.

Assista a entrevista com os advogados, clicando aqui. 

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