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Tráfico e guerra entre facções causam 41 mortes em PG

São 41 assassinatos registrados neste ano, no Município. Polícia Civil empenha esforços para elucidar os casos

Assassinato de jovem aconteceu por volta das 13h50 de domingo, no Jardim Ouro Verde
Assassinato de jovem aconteceu por volta das 13h50 de domingo, no Jardim Ouro Verde -

Edilson Kernicki

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São 41 assassinatos registrados neste ano, no Município. Polícia Civil empenha esforços para elucidar os casos

Nos cinco primeiros meses de 2022 e nesses primeiros dias de junho, o município de Ponta Grossa já soma 41 homicídios. O caso mais recente é de um adolescente de 16 anos, executado com um tiro no peito, no Jardim Ouro Verde, no bairro Colônia Dona Luiza. De acordo com o delegado Fernando Maurício Jasinski, a maior parte deles se relaciona à guerra entre facções criminosas e à disputa pelo domínio de áreas de tráfico de entorpecentes.

“Apuramos que, entre esses 41 homicídios, dois terços têm ligação direta com o tráfico de drogas. O outro terço são desentendimentos que podem, eventualmente, ter relação indireta. Estimamos que, na realidade, a grande maioria, de 80% a 90% dos homicídios que ocorrem em Ponta Grossa estão relacionados ao tráfico de drogas”, detalha Jasinski.

Assista à entrevista exclusiva do delegado Fernando Jasinski

De acordo com o delegado, ainda que a disputa entre facções tenha motivado as mortes, a razão principal para elas é, de fato, o tráfico de drogas. “Desde 2019, as forças de segurança têm batido intensivamente no tráfico de drogas e isso acabou gerando, por consequência, apreensões recorde e abriu margem para uma disputa por pontos de tráfico de drogas, que é o que estava ocorrendo”, acrescenta.

O perfil das vítimas, segundo Jasinski, tem sido, em sua maioria, pessoas com antecedentes e passagens pelo sistema prisional por crimes graves – tráfico, roubo e, até mesmo, homicídios. “Até nos chama a atenção quando, eventualmente, ocorre o homicídio de uma pessoa que não tem passagens policiais aqui no município de Ponta Grossa”, comenta.

O Setor de Homicídios da 13ª Subdivisão Policial (SDP), do qual o delegado é o responsável, tem se empenhado na elucidação dos casos. Até o momento, cerca de 60% dos crimes já foram esclarecidos. “Estamos trabalhando, logicamente, para fechar a grande maioria desses homicídios, cuja maioria tem, realmente, esse envolvimento com o tráfico. São investigações mais complexos e mesmo os casos de anos anteriores estamos trabalhando para elucidar”, observa.

Sobre a investigação da morte da advogada Eloisa Maria Reis Guimarães, de 37 anos, executada a tiros dentro do próprio carro, no bairro Contorno, em março, o delegado aponta que um dos envolvidos já teria morrido em confronto contra policiais militares. “As investigações estão bastante adiantadas, mas como é uma investigação mais complexa, ela ainda está em curso”, informa Jasinski.

Quanto ao atentado contra o diretor de operações José Claiton Leal Machado, da Odonto Excellence Franchising, ocorrido em abril, o delegado aponta que são dois inquéritos que apuram as circunstâncias do crime. “O primeiro já foi concluído. Um dos autores, em princípio, teria sido abordado pela Guarda Municipal, na região central da cidade. Ele estava com uma arma de fogo, que seria a pistola da própria vítima. No momento do flagrante, era só isso que tínhamos de informação. Contudo, ouvimos testemunhas aqui, que confirmaram que essa pessoa que foi pega com a arma da vítima tem as mesmas características do indivíduo que efetuou os disparos que resultaram no óbito da vítima”, explica.

“Como tínhamos um inquérito de réu preso, essa investigação primeira foi concluída. Foi instaurado um novo procedimento para apurar a eventual coautoria. Sabemos, inclusive, foi noticiado, que a ação foi praticada por dois indivíduos e instauramos um novo inquérito policial para apurar a motivação e aprofundar se, eventualmente, pode ter ou não outros envolvidos nesse crime”, acrescenta.

Jasinski salienta que, na semana passada, houve um trabalho integrado, com outras forças de segurança do município, visando a coleta de provas e também coibir esse tipo de ilícito aqui em Ponta Grossa.

Denúncias

A população pode auxiliar as investigações com o fornecimento de informações sobre crimes praticados no município. Para denúncias em geral, ligue para a Polícia Civil no (42) 3219-2780. Em casos relacionados a homicídios, telefone para (42) 3219-2770. O anonimato é garantido em ambos os casos.

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