Mabel busca reeleição para continuar trabalho na Alep | aRede
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Mabel busca reeleição para continuar trabalho na Alep

A deputada estadual Mabel Canto (PSDB) apresentou 84 projetos de lei no primeiro mandato na Assembleia Legislativa. Agora, a parlamentar busca a reeleição para dar prosseguimento ao trabalho desenvolvido desde 2019.

A candidata a deputada estadual Mabel Canto (PSDB) encerrou a série de entrevistas do Grupo aRede.
A candidata a deputada estadual Mabel Canto (PSDB) encerrou a série de entrevistas do Grupo aRede. -

Marcus Benedetti

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A deputada estadual Mabel Canto (PSDB) encerrou a série de entrevistas realizada pelo Grupo aRede/Jornal da Manhã na última sexta-feira (23). Durante a entrevista, a parlamentar destacou o trabalho que realizou no primeiro mandato na Assembleia Legislativa do Paraná nos últimos anos e enalteceu, principalmente, a representatividade feminina que exerce na Alep através dos projetos voltados para mulheres. 

Em 2018, Mabel conquistou cerca de 35 mil votos e iniciou a carreira política seguindo os passos do pai, Jocelito Canto, ex-prefeito de Ponta Grossa e ex-deputado estadual. Em busca da reeleição, Mabel falou sobre as motivações, o andamento da campanha e aproveitou para comentar sobre o julgamento que impugnou a candidatura do pai ao cargo de deputado federal. Confira mais detalhes da entrevista com Mabel Canto abaixo. 

A candidatura é, de fato, em busca de uma continuidade de trabalho na Alep?

Mabel Canto: De fato, a motivação principal é dar continuidade a esse trabalho que a gente já vem desenvolvendo. Um trabalho que tem como pilares a luta pelos direitos das mulheres, um trabalho grande de transparência, de economia com o dinheiro público e, também, de muita luta pela questão da saúde dos Campos Gerais. É o que nós já desempenhamos nesse mandato na Assembleia e que pretendemos, então, continuar pelos próximos quatro anos. 

Quais projetos e ações realizadas você destacaria nesse primeiro mandato?

Mabel Canto: Projetos de Lei nós apresentamos 84 e, desses, 29 viraram leis. São 14 leis para mulheres. Esses dias fiz um comparativo com os deputados estaduais que tivemos na região. Nós tivemos seis deputados nos últimos 30 anos, todos homens, eu sou a primeira mulher. Eles, juntos, conseguiram aprovar 5 leis nesses 30 anos. Eu estava analisando, eu fiz 14 leis fora os que ainda estão tramitando. Então, veja a importância da representatividade feminina na política, que ainda é muito pequena. A gente luta para que essa representatividade aumente, para que as mulheres venham para esse meio político. É uma bandeira que trago na Assembleia. 

Entre esses projetos em prol das mulheres, está a lei do parto adequado que dá o direito de escolha da via de parto para as gestantes aqui do estado do Paraná. Antigamente, eu via ali no Hospital Evangélico as gestantes sofrendo. Elas ficavam horas e horas em trabalho de parto, às vezes sem expectativa de ter um parto normal, um parto bom, que acho importante, mas nem todas conseguiam evoluir o parto ou não queriam, o que é natural, ninguém pode te obrigar a nada. Mas as mães do sistema privado de saúde sempre puderam escolher suas vias de parto, eram só as mães do SUS que não podiam. Então, fui para a Assembleia, foi um ano para conseguir tramitar esse projeto, não foi fácil mas conseguimos esse direito que é muito importante. 

Mas tiveram outras áreas também. Não trabalhei só pelas mulheres. Fizemos um trabalho de fiscalização muito forte. Quando cheguei no meu mandato, me deparei com a escola Padre Pedro, lá no Jardim Paraíso, que tinha quatro salas de madeira e estava caindo aos pedaços literalmente e com a escola Francisco Pires, no Cará-Cará, que estavam paralisadas as obras por conta da Quadro Negro. Mas tudo deu certo, hoje temos muitos estudantes nesses dois colégios estudando com mais qualidade. 

O muro do IML nem se fale. Os corpos das vítimas fatais estavam sendo armazenados num contêiner ao lado do Hospital Regional. Uma vergonha. Quando foi declarado que o muro poderia cair e que a estrutura estaria comprometida, eles tiveram que readequar e colocaram os corpos em contêineres. Enfim, foi um trabalho que fizemos à Secretaria de Segurança, deu certo, o muro foi arrumado e eles puderam voltar para seu local de trabalho. 

É importante que se diga que o deputado tem duas funções constitucionais, que é legislar e fiscalizar. Considero a fiscalização, talvez, a mais importante delas. Na trincheira dos Los Angeles, por exemplo, fizemos os pedidos de informações por quatro vezes, foi uma briga, mas enfim, é papel do deputado fiscalizar. 

Qual a principal diferença de hoje em relação a eleição de 2018, quando também disputou o cargo de deputado estadual?

Mabel Canto Vou te dar três versões. A primeira, da filha, que ficou indignada. Porque, é mais uma injustiça que se comete contra uma pessoa que é maravilhosa, boa, honesta, que nunca respondeu por corrupção. É importante que se diga isso, porque meu pai nunca respondeu a nenhum processo por corrupção. Improbidade é um erro administrativo. A decisão da época já foi absurda e a de ontem foi indignante para mim, como filha. É uma injustiça que se comete contra a pessoa que eu considero que tem o maior coração do mundo. Como deputada, eu digo que é o jogo político que é assim, no tapetão. Não foi só com meu pai, aconteceu com outros candidatos da região, enfim. A gente vê isso a todo momento na política. É o lado sujo, podre da política. 

E, por último, como advogada que sou, acho que a decisão foi importante porque a relatora que realmente analisou de forma bem minuciosa tudo, durante vários dias, ela deu parecer favorável. Ela disse que não teve dolo, não teve enriquecimento e foi muito técnico o parecer. Decisões judiciais tem que ser técnicas e não políticas.. Foram dois votos favoráveis ao Jocelito que demonstram que existe divergência. Nós já estamos recorrendo ao Tribunal Superior Eleitoral e tenho certeza que vamos reverter isso, vai dar tudo certo.

Existe a possibilidade da Mabel voltar a disputar a Prefeitura Municipal no futuro?

Mabel Canto: Acho que é o que mais respondo nessa campanha, definitivamente. Não tenho pretensão pessoal de ser prefeita de Ponta Grossa. Tem muita gente que quer, a toda lei, ser prefeito. Quando fui candidata da outra vez, fui aos 45 do segundo tempo porque entendemos que aquele grupo precisava de um nome, não existia outro nome, haviam pessoas que não iam ser candidatas e eu estava vendo dois grupos políticos que eu achava que não apresentavam o que eu entendia ser bom para a população de Ponta Grossa.

Enfrentei isso mesmo sabendo que eu receberia críticas, mas no final das contas as pessoas entenderam tanto é que no 1º turno eu tive 60 mil votos e terminei ganhando o 1º turno. Mas, de fato, eu gostaria de terminar meu mandato inteiro até porque vejo que ampliei meu trabalho não só para a região, mas para todo o Paraná. Mas, espero que a gente tenha um candidato, alguém que se apresente com os mesmos ideais que nós temos para disputar a Prefeitura. Não vou dizer nunca, mas realmente quero terminar meu mandato e espero que isso se efetive.

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