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Casa da Mulher capacita agentes de saúde para o combate à violência doméstica

Palestras e verificação de sinais vitais foram aconteceram no Lago de Olarias

De acordo com dados do Senado Federal, pelo menos 36% das mulheres brasileiras relataram já ter sofrido algum tipo de violência doméstica, sendo que em 78% dos casos o agressor era atual ou ex-marido, companheiro ou namorado
De acordo com dados do Senado Federal, pelo menos 36% das mulheres brasileiras relataram já ter sofrido algum tipo de violência doméstica, sendo que em 78% dos casos o agressor era atual ou ex-marido, companheiro ou namorado -

Da Redação

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A Secretaria Municipal da Família e do Desenvolvimento Social, através da Casa da Mulher, realiza nesta semana uma capacitação para servidoras municipais da Fundação Municipal de Saúde, com o intuito de ampliar a Rede de Proteção de combate à violência contra a mulher. O projeto ‘Agentes pelas Mulheres’ utilizará das agentes comunitárias de saúde para orientação e até denúncias de agressões sofridas.

Segundo a prefeita Elizabeth Schmidt iniciativas como o projeto ‘Agentes pelas Mulheres’ vem ao encontro da necessidade do poder público oferecer mais canais de comunicação das mulheres vítimas de violência doméstica. “Este programa é um avanço na proteção para o acesso à informação e para o acolhimento das mulheres que infelizmente são agredidas, em nossa cidade. Já estamos vigilantes com a Casa da Mulher e com a Patrulha Maria da Penha e agora, estaremos mais próximas destas realidades, por meio das agentes comunitárias de saúde”, comenta Elizabeth.

De acordo com dados do Senado Federal, pelo menos 36% das mulheres brasileiras relataram já ter sofrido algum tipo de violência doméstica, sendo que em 78% dos casos o agressor era atual ou ex-marido, companheiro ou namorado.

A secretária municipal da Família e do Desenvolvimento Social, Tatyana Denise Belo, comenta que a violência contra a mulher refere-se a qualquer ato ou conduta baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher. “A violência pode acontecer com qualquer mulher, independentemente da idade ou condição financeira. Sabemos que historicamente há uma relação desigual de poder entre homens e mulheres. Além disso, em muitos dos casos, diversos fatores impedem as vítimas de denunciarem seus companheiros e a falta de conhecimento sobre seus direitos auxilia a manter o ciclo da violência contra a mulher”, disse. 

Segundo a presidente da Fundação Municipal de Saúde, Juliane Dorosxi, a capacitação das agentes comunitárias de saúde favorece a identificação dos casos de violência, contribuindo para reforçar e ampliar a rede de suporte às  vítimas. "Esse processo é muito importante, pois as nossas agentes comunitárias estão em contato direto com as famílias, o que cria um laço de proximidade e de confiança que permite que as situações de violência sejam identificadas de maneira mais rápida”, disse Juliane.

A coordenadora da Casa da Mulher, Camila Calisto Sanches, conta que o treinamento que iniciou nesta segunda-feira, no prédio da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Culturais, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) acontece até esta quarta-feira (5) e o encerramento está agendado para o dia 7. “Será passado para as agentes de saúde quais são os tipos de violências sofridas, informações sobre o ciclo da violência, sobre a Rede de Atendimento e como as profissionais poderão contribuir para romper com este fluxo contínuo de violência contra a mulher”, destaca Camila.

Ivana da Cruz Carvalhal, psicóloga da Casa da Mulher, adianta que durante as visitas domiciliares ou em ocasiões em que as mulheres estiverem sozinhas, elas serão orientadas pelas agentes comunitárias de saúde sobre o uso de um sinal como uma forma de avisar que estão em perigo e que precisam de ajuda. “Para fazer o gesto basta levantar a mão com a palma apontada para a pessoa que você deseja pedir ajuda, em seguida dobrar o polegar e então fechar os dedos sobre ele. O sinal foi criado pela ONG “Canadian Women's Foundation” durante a pandemia de covid-19”, finaliza.

O programa ‘Agentes pelas Mulheres’ é desenvolvido por meio do trabalho conjunto entre a Secretaria Municipal de Família e Desenvolvimento Social, Fundação Municipal de Saúde, a Fundação Municipal de Assistência Social e a Secretária Municipal de Cultura. Os custos com materiais de divulgação e orientação que serão entregues pelas agentes de saúde foram obtidos pelo Programa Selo Social, através da ACIPG Mulher, com o patrocínio de empresárias da cidade.

 Rede de Proteção

Fazem parte da Rede de Atendimento a Casa da Mulher, a Patrulha Maria da Penha, Centro de Referência Especializada de Assistência Social (CREAS), Casas Abrigos (Corina Portugal e Abrigo das Famílias), Delegacia Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAM), Hospital Universitário (HU e HUMAI), Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, Centro Judiciário de Soluções de Conflitos e Cidadania (CEJUSC), Núcleo Maria da Penha (NUMAPE) e Núcleos de Prática Jurídica. A Casa da Mulher atende das 9 às 17 horas e está localizada na Rua Theodoro Rosas, nº 1651, no Centro, ou também pelo telefone (42) 3220-1043. 

Com informações da Prefeitura Municipal de Ponta Grossa

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