Pesquisadores da UTFPR e da UEPG fazem ato contra cortes do MEC | aRede
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Pesquisadores da UTFPR e da UEPG fazem ato contra cortes do MEC

Manifesto acontece pelo corte de recursos destinados às pesquisas científicas das universidades brasileiras; panfletagem ocorre nesta quinta-feira (8)

Anúncios recentes do Ministério da Educação afetam os programas de pós-graduação das universidades
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Rodolpho Bowens

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Diante dos cortes de recursos anunciados pelo Ministério da Educação (MEC), impactando a pesquisa científica das universidades brasileiras, pesquisadores da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) organizam um protesto para a tarde desta quinta-feira (8), a partir das 17h30, na Praça Barão de Guaraúna, mais conhecida como ‘Praça da Igreja dos Polacos’. O ato, que contará com panfletagem, leva o nome de #PagueMinhaBolsa, em referência às bolsas de estudo.

Segundo o movimento, “você aceitaria pesquisar, trabalhar, produzir e ficar sem receber por causa da irresponsabilidade do governo?”, questiona. Além disso, ressalta que “vamos parar as universidades e exigir o pagamento dos bolsistas da Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior (Capes) e dos residentes. Quem faz ciência, não foge à luta”. Além de Ponta Grossa, atos também estão marcados para diversos estados do Brasil, inclusive em outros países, como no Canadá, por exemplo.

Em conversa com o Portal aRede, Thais Cristina dos Santos, doutoranda na UTFPR e vice-diretora da Associação Nacional de Pós-graduandos de Ponta Grossa (APG UTFPR), as tentativas do Governo Federal, em colocar em xeque as universidades públicas, não serão toleradas. “Pela importância que nossas pesquisas têm para a sociedade brasileira e para nossa manutenção, nós, pós-graduandos e pós-graduandas da UTFPR Ponta Grossa e da UEPG, nos unimos neste ato nacional com cientistas e a sociedade civil para reivindicar o pagamento imediato das bolsas de estudos aos estudantes brasileiros”, comenta.

Além disso, Thais lembra que “milhares de jovens” também serão afetados. “São milhares de jovens pesquisadores que têm sua sobrevivência ameaçada concretamente pela quebra de contrato ao não serem pagos por seu trabalho produzindo ciência no País. Estamos falando de milhares de jovens, o qual possuem como única renda as bolsas de estudos”, finaliza ao Portal aRede.

Banner do evento compartilhado com o Portal aRede.
Banner do evento compartilhado com o Portal aRede. |  Foto: Divulgação.
 

UEPG se manifesta

Em comunicado na última quarta-feira (7), a universidade ponta-grossense emitiu uma nota falando dos problemas que a falta de investimentos poderá ocasionar aos pesquisadores – leia a notícia clicando aqui –, tanto da Instituição de Ensino Superior (IES), como também do Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais (HU-UEPG).

Por fim, o reitor da UEPG, Miguel Sanches Neto, fez uma publicação em suas redes sociais, na manhã desta quinta-feira (8), lamentando o corte de recursos do MEC. “O principal financiamento do Governo Federal nas universidades estaduais é feito em bolsas. Em dezembro, com os cortes, 700 bolsistas da UEPG podem ficar sem nenhum rendimento”, alerta.

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