Lideranças de PG discutem participação feminina nas eleições | aRede
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Lideranças de PG discutem participação feminina nas eleições

Entenda a situação da representatividade de mulheres em Ponta Grossa e no Paraná

Deputada Mabel Canto (PSDB) e vereadoras Joce Canto (Podemos) e Josi do Coletivo (Psol)
Deputada Mabel Canto (PSDB) e vereadoras Joce Canto (Podemos) e Josi do Coletivo (Psol) -

Enaira Schoemberger

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A Bancada Feminina da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) e líderes da sociedade se reuniram na segunda-feira (14) para discutir a representatividade feminina nas eleições. A reunião contou com a participação da líder da Bancada Feminina da Assembleia, deputada Mabel Canto (PSDB), que considera o debate urgente.

“Precisamos iniciar esse debate agora. Não dá para deixar para o final, ano que vem já está aí. Estamos a quase um ano das eleições. Temos que nos organizar, independentemente da questão partidária. Queremos mais mulheres ocupantes de cargos”, reiterou a deputada.

De acordo com dados do portal TSE Mulheres, que compila estatísticas sobre a participação feminina na política, o Paraná se destacou como o estado com o maior percentual de candidatas eleitas para prefeituras nas eleições de 2020. O estado atingiu uma representatividade de 10,1%. E liderou na eleição de vice-prefeitas, com um índice de 18,8%. No entanto, essa tendência não se refletiu igualmente em todas as esferas políticas.

Na eleição para vereadoras, o Paraná ficou em último lugar entre os estados vizinhos, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, registrando uma representatividade de 15,1%. O estado gaúcho, por sua vez, atingiu a marca de 19,2%.

Opinião das parlamentares de Ponta Grossa

A redação do Portal aRede trouxe a discussão em âmbito municipal e entrevistou duas vereadoras eleitas em Ponta Grossa sobre o assunto.

A vereadora Joce Canto (Podemos) enxerga que apesar do crescimento de candidatas mulheres na última eleição, ainda há muito o que se fazer para ampliar a representatividade feminina na política. “De dezenove vereadores aqui em Ponta Grossa, apenas três são mulheres. E desde a legislatura passada avançamos evidentemente. Quando tínhamos apenas uma vereadora”, analisa.

Segundo Joce Canto, a representatividade é necessária para a criação de leis que visam uma sociedade mais segura. “As mulheres na política acabam fazendo mais projetos voltados, por exemplo, a segurança, trabalho, a violência contra a mulher do que os homens”, comenta. A vereadora acredita que “a inclusão de mulheres na política é uma questão não só de justiça, mas de interesse público”, destaca.

A vereadora Josi do Coletivo (Psol) também considera a questão da representatividade urgente na política brasileira. “O aumento da representatividade de mulheres nas eleições é fundamental, para alterarmos o cenário desastroso da desigualdade de gênero em nosso país. É impensável avançarmos em termos de políticas públicas, que garantam o combate ao machismo estrutural, se mantivermos uma maioria esmagadora de homens nos espaços de representatividade e de decisão política”, disse Josi.

Sobre o aumento de vereadoras eleitas em Ponta Grossa, a vereadora observa: “precisamos dizer que, apesar de um avanço importante, ainda é muito pouco! Afinal, somos a maioria da população, e desempenhamos papel fundamental na organização e funcionamento da sociedade”, diz.

Para superar a baixa representatividade de mulheres, Josi apresenta algumas resoluções. “Além de garantir a cota de mulheres candidatas, é urgente que os partidos e, a sociedade em geral, priorizem a construção de candidaturas de mulheres com as condições necessárias para que sejam candidaturas vitoriosas, fazendo aumentar o efetivo de mulheres nos espaços de poder, e não apenas de disputa eleitoral.  Isso demanda vontade política, investimento em estrutura e organização voltados a essa pauta”, comenta.

Liderança feminina no poder executivo de Ponta Grossa

A prefeita Elizabeth Schmidt (PSD) conquistou um marco ao se tornar a primeira mulher a ocupar esse cargo na cidade. Além disso, já havia quebrado barreiras ao se tornar a primeira vice-prefeita em 2017.

A eleição de 2020 trouxe um cenário histórico, com duas candidatas mulheres disputando o segundo turno, estabelecendo um novo recorde. Ponta Grossa foi a única cidade do Brasil a testemunhar mulheres competindo na etapa decisiva das eleições municipais.

No alto escalão da Prefeitura, entre os 13 secretários municipais, 4 são mulheres. Destacam-se personalidades como Cliciane Lucia Garczarek Torres Pereira, responsável pela Secretaria Municipal de Administração e Recursos Humanos; Tânia Sviercoski, à frente da Secretaria Municipal de Cidadania e Segurança Pública; Simone Do Rocio Pereira Neves, da Secretaria Municipal de Educação e Tatyana Denise Belo, que lideram Secretaria Municipal da Família e Desenvolvimento Social.

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