Processo envolvendo ‘Gilberto do Detran’ será julgado em breve | aRede
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Processo envolvendo ‘Gilberto do Detran’ será julgado em breve

Acidente ocorreu em fevereiro deste ano; testemunhas já prestaram depoimento

Acidente envolvendo o examinador do Detran ocorreu próximo à rotatória da Santa Paula
Acidente envolvendo o examinador do Detran ocorreu próximo à rotatória da Santa Paula -

Allyson Santos

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O processo judicial a respeito do acidente que envolveu Gilberto Cordeiro, examinador do Detran de Ponta Grossa, em fevereiro deste ano, ganhou novos desdobramentos. A reportagem do Portal aRede e Jornal da Manhã teve acesso aos depoimentos de vítimas e testemunhas que estavam na rotatória próximo à Rua Nicolau Kluppel Neto, região da Santa Paula, no momento do acidente que deixou duas pessoas feridas.

Uma testemunha alega que Gilberto teria tentado deixar o local da ocorrência sem prestar socorro. “O policial que chegou com a viatura de trânsito tirou a chave da ignição da Montana e colocou no bolso dele e só entregou na hora que a Polícia Militar chegou. Então, a todo momento ele ia no carro. Ele queria ir embora”, diz. Em depoimento, Gilberto teria confessado que não ligou para o Samu e para os agentes de trânsito, uma vez que outras pessoas já teriam entrado em contato com os respectivos órgãos.

Conforme as informações contidas nos autos, Gilberto chegou a tentar retirar os capacetes das vítimas que estavam na moto, procedimento que deve ser realizado pela equipe de socorro, com cautela e por no mínimo dois membros, sob o grave risco de ocorrer lesões adicionais. “Ele queria tirar o capacete deles pra ver quem que era. Ele falava pra eles assim: ‘não, pode levantar, vocês estão bem, vamos tirar o capacete’. Aí eu fiquei preocupada e abri os braços em cima deles e falei: ‘não, o senhor não vai pegar em nenhum deles’. A gente começou a discutir, porque ele queria tirar o capacete e queria que eles levantassem, e eu falei pra ele que enquanto a ambulância não chegasse, eu não ia deixar ele pegar neles”, diz uma testemunha.

Suposto estado de embriaguez

Outra testemunha aponta que Gilberto apresentava sinais de embriaguez. “não queria nem falar com a gente porque ele estava extremamente alcoolizado no momento. Dava pra sentir o cheiro da bebida vindo da boca dele”, disse, em um trecho do depoimento. Em seguida, a testemunha afirma que Gilberto estava “trançando as pernas. Ele quase caiu quando foi subir no meio fio. Inclusive, quando ele foi falar com o policial, a hora que chegou o pessoal da trânsito, ele quase caiu no meio fio”. Outra testemunha ainda relatou que o examinador “estava bem alterado e irritado”.

Desdobramentos

O processo de indenização de danos morais e materiais proposto em face de Gilberto Cordeiro ainda aguarda julgamento pelo 3º Juizado Especial Cível de Ponta Grossa. O julgamento deve ocorrer nas próximas semanas.

Outro lado

O Grupo aRede entrou em contato com o Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR), que não se posicionou sobre o caso, uma vez que o incidente ocorreu fora do horário de expediente. “A situação do sr. Gilberto no Detran continua a mesma. Ele permanece afastado das funções de examinador e cumpre apenas funções administrativas”, diz a nota. A reportagem não obteve contato com a defesa de Gilberto e está aberta a esclarecimentos.

Relembre o caso

O funcionário do Detran se envolveu em um acidente no dia 15 de fevereiro, nas proximidades da rotatória da Santa Paula. Conforme informações da Polícia Militar, o veículo Montana (do servidor do Detran), ao acessar a Rua Nicolau Kluppel Neto, colidiu com a motocicleta Honda CG Fan. Os dois ocupantes da moto ficaram feridos.

Ainda segundo a PM,  Gilberto recusou a realizar o teste do bafômetro e por conta disso precisou pagar uma multa. A polícia ainda informou que os envolvidos no acidente foram encaminhados ao hospital para receberem atendimento médico.

Conforme o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), a multa para quem se recusa a fazer o teste do bafômetro é de R$2.934,70 –  valor aplicado em casos de punição gravíssima. Além disso, são descontados sete pontos da carteira de habilitação do condutor, que pode ainda ter a licença para dirigir suspensa por doze meses. 

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