Kocan promete investir em segurança e quer renovação na política | aRede
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Kocan promete investir em segurança e quer renovação na política

Pré-candidato pelo Solidariedade é o entrevistado desta semana da série ‘De Olho em 2024’

Kocan é pré-candidato à Prefeitura de Ponta Grossa pelo partido 'Solidariedade' e fala sobre planejamento até as Eleições
Kocan é pré-candidato à Prefeitura de Ponta Grossa pelo partido 'Solidariedade' e fala sobre planejamento até as Eleições -

Sebastião Neto

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Sem ter exercido um cargo eletivo, mas com experiência no cenário político, com destaque para o Poder Legislativo, o advogado Elizeu Kocan é o convidado desta semana da série ‘De Olho em 2024’, do Jornal da Manhã/Portal aRede. Kocan já foi elevado à condição de pré-candidato a prefeito pelo Solidariedade (SD). Segundo ele, o objetivo é renovar o meio político e trazer à tona discussões importantes para o desenvolvimento de Ponta Grossa. Além de garantir atenção a áreas como Saúde, Educação e Transporte Coletivo, Kocan afirma que a cidade precisa investir em segurança pública. “As pessoas estão com medo de sair à rua”, crava. Confira os principais trechos desta entrevista especial.

Jornal da Manhã/Portal aRede: Kocan, obrigado por aceitar o nosso convite para debatermos a cidade de Ponta Grossa. Como recebeu o desafio de ser o pré-candidato do SD em PG?

Elizeu Kocan: Eu recebi com muita alegria e com dever de responsabilidade muito grande. A gente tem construído uma caminhada nova, agora com Solidariedade. Nós estamos construindo um partido para disputar as eleições no ano que vem, com uma candidatura a prefeito e também uma chapa completa para vereadores. Eu preciso discutir a cidade de Ponta Grossa. Nós precisamos avançar em alguns temas centrais e também discutir de forma mais ampla os problemas e para onde a gente quer ir daqui 20, 30 anos. Então, essa incumbência nos foi dada. Nós tomamos posse agora no mês passado com a diretoria do SD, com os pré-candidatos a vereador, com um grupo de várias lideranças, de várias associações, de várias entidades participando, e ali a gente já deu início a formatação de um plano de governo que a gente vai apresentar em agosto do ano que vem.

JM/aRede: O que o grupo entende como prioridade para o presente e futuro de Ponta Grossa?

Kocan: A gente discutiu e fez um pré-lançamento e definiu sete temas que a gente vai discutir durante essa caminhada do próximo ano até a convenção em agosto do ano que vem. Saúde é o principal ponto hoje, que é indiscutível. Nós temos um caos na saúde e a falta de gestão, a falta de responsabilidade dos gestores públicos, das últimas gestões, vem somando com esse caos que a população está enfrentando. A segunda situação hoje que a gente vê que está se tornando precária e perigosa na cidade é a insegurança pública. Ponta Grossa hoje vive um movimento de insegurança pública. Você não consegue mais ter segurança desde a ponta da cidade ao centro da cidade, do centro ao bairro, do bairro ao centro. As pessoas estão com medo de sair à rua. Nós não conseguimos largar nossos filhos para andar na rua. As mulheres hoje, se forem andar no centro à noite, principalmente, não conseguem atravessar sem serem achacadas, com risco de furto, de roubo e toda essa situação. Então, a gente precisa discutir isso de forma mais ampla e de forma mais profunda para resolver esse problema, para que a gente não corra o risco dos grandes centros. Junto a isso vem a questão da Educação, Mobilidade Urbana, a questão da Ciência Social, do Desenvolvimento Econômico e a valorização do servidor público e dos bens públicos. Então, esses itens a gente vai discutir, vai ser prioridade no nosso plano de governo. A gente vai discutir tanto com a sociedade civil organizada, quanto com as associações, com a população em geral. Vou estar visitando várias pessoas, várias associações, para que a gente discuta esses temas, até para que a gente consiga ver a realidade nua e crua do que está acontecendo em Ponta Grossa. Hoje a gente vê muita propaganda oficial do governo, mas desligou a TV, desligou a rádio, acabou o governo.

  "Você não consegue mais ter segurança desde a ponta da cidade ao centro da cidade, do centro ao bairro, do bairro ao centro."

Elizeu Kocan pré-candidato a prefeito pelo Solidariedade
  

JM/aRede: Qual a avaliação do atual momento de PG?

Kocan: Ponta Grossa vive um ótimo momento na questão do desenvolvimento social e desenvolvimento econômico. Nós estamos num local estratégico que atrai muitas empresas, muitos investimentos. Hoje, nós poderíamos estar um pouquinho melhores também nessa questão da qualidade do desenvolvimento social e econômico, mas a cidade avançou. Só que quando avança em um setor do desenvolvimento econômico, que é a atração de empresas, com a arrecadação melhorando nesses últimos anos, veem também os problemas. Então, a gente tem que tentar alinhar essa condução do crescimento da cidade também com o desenvolvimento para que não venham a surgir tantos problemas que a gente tem visto na prática. Desta discussão que surgiu a nossa candidatura.

JM/aRede: Como está o cenário e o trabalho do partido Solidariedade em PG e no Paraná?

Kocan: O partido é presidido pelo professor Luizão, o ex-prefeito Pinhais, uma grande liderança hoje no nosso estado. Foi deputado federal, foi prefeito de Pinhais, um dos prefeitos mais bem avaliados do Brasil. Tenho, inclusive, trocado ideias com ele diariamente sobre algumas propostas. Ele tem me dado algumas dicas e tem me fornecido alguns dados sobre gestão pública, e isso tem contribuído muito com a nossa caminhada. O Luizão, o Solidariedade, ele é base do governo Ratinho Júnior, os nossos três deputados estaduais hoje fazem parte da bancada de situação do governo do estado, então, o partido é alinhado com o governo estadual. Em Ponta Grossa, o professor Luizão assumiu o compromisso, que nós vamos ter 100% de autonomia para discutir o partido, o rumo que a gente vai tomar em Ponta Grossa. E a gente já firmou compromisso com ele e ele firmou compromisso com a gente. Compromisso com a equipe de Ponta Grossa, que nós temos 100% de autonomia para discutir a gestão e como que a gente vai construir o nosso partido aqui na cidade. Então, a gente está bem alinhado. O Márcio Pauliki foi o nosso candidato a prefeito na última eleição. Eu tenho uma trajetória com o Pauliki, que vem lá de 2011, quando o Márcio foi candidato pela primeira vez. Desde lá eu já faço assessoria jurídica para ele e participei de algumas atuações políticas junto com o Márcio, que foi deputado estadual. O Márcio concorreu na última eleição pelo Solidariedade e nessa conversa que nós tivemos, inclusive com o Márcio, quando ele falou que não seria candidato, eu falei que ia construir um grupo e eu vou querer discutir a cidade. Eu quero discutir os projetos e o avanço de Ponta Grossa, e eu vou participar do pleito. Vou colocar meu nome à disposição e vou para essa discussão da cidade, porque quanto mais candidatos você tem, mais propostas você vai discutir, mais ideias vão surgir e dá mais opção para o eleitor. O eleitor vai ter a opção, porque nós participamos de uma eleição que tem dois turnos, então, quanto mais candidatos discutirem a cidade no primeiro turno, mais qualificada vai ser a discussão sobre a cidade e as propostas e os projetos para Ponta Grossa nos próximos anos.

JM/aRede: Há espaço para um novo grupo político nas eleições de 2024?

Kocan: Eu acredito, que há muito espaço na cidade. Nas últimas pesquisas internas que a gente viu, de vários desses grupos políticos, inclusive de outros, Ponta Grossa carece de novas lideranças. Se nós pegarmos há 20 anos e vermos o cenário atual desses três grupos políticos que estão na cidade, muda-se muito pouco no tabuleiro ali do jogo. E Ponta Grossa precisa ter novas lideranças, tem que ter outros candidatos de outros partidos. O problema é que a gente tem um certo neocoronelismo ainda em Ponta Grossa. A gente vê isso porque essa construção nossa, com o Solidariedade, a gente trouxe o professor Luizão, trouxe os deputados e tem conversa... O Alisson [Wandscheer, deputado estadual] esteve presente com a gente. Mas essa discussão tem que ser feita, porque nós vimos e temos assistido no dia a dia, e principalmente nos bastidores, de que já estão loteando todos os partidos. Isso é ruim para a cidade, isso é ruim para a democracia, isso é ruim para nós, porque senão não se criam novas lideranças, porque senão sempre vão ser os mesmos dos mesmos e nós precisamos criar novas lideranças e incentivar que outros personagens participem da vida pública. Que venham outras lideranças participarem desse jogo e que venham discutir a cidade, porque senão sempre a gente vai ficar nessa mesmice desse grupo político que tá aí há 10, 12, 15 anos no poder. E a gente precisa discutir essa situação porque se o deputado Aliel Machado vier a ser candidato e virar prefeito, nós perdemos quanto de emenda? O deputado Aliel Machado hoje é base do governo Lula, ele faz parte e tem trazido muita emenda pra Prefeitura do Ponta Grossa, está alinhado com a prefeita Elizabeth Schmidt. Nós poderíamos hoje estar recebendo em média R$ 300 milhões por ano de emenda impositiva dos deputados federais, e hoje nós somente recebemos uma média de R$ 100 milhões do deputado Aliel Machado. Nós tivemos três deputados eleitos, um que foi cassado [Jocelito Canto], e o deputado Sandro Alex, que se licenciou do seu mandato [para ser secretário estadual] e deixa esses recursos voando, não vindo para Ponta Grossa. [Se tivéssemos as emendas,] a atual administração poderia não estar endividando o município. Hoje, nós estamos pegando aí em torno de R$ 300 milhões de investimentos por falta de gerenciamento e de administração e de capacidade técnica dessa atual gestão e da última gestão em relação ao asfalto, porque veio na época da eleição, prometem mundos e fundos, prometem coisas que não conseguem cumprir. E depois não fazem gestão. Hoje, nós estamos pegando 300 milhões para cumprir uma promessa da atual prefeita que prometeu 100% de asfalto e não entregou e não vai entregar. E agora está pegando R$ 200 milhões de um empréstimo, mais R$ 95 milhões no outro empréstimo, que não é ela quem vai pagar. Vai ter uma carência de 12 meses e depois a próximo a gestão vai ter 180 meses para pagar essa conta. Então, é muito fácil declarar na TV que você vai fazer asfalto, mas deixar a conta para o próximo governo.

JM/aRede: Apesar de o senhor nunca ter tido um cargo eletivo, acredita que está preparado para uma disputa para prefeito e eventualmente assumir a Prefeitura?

Kocan: Sim, me sinto preparado. Primeiramente porque eu mesmo quero administrar a cidade. Se eu virar prefeito, sou eu quem vai sentar na cadeira e eu que vou administrar, não vai ser meu tio, não vai ser meu filho e não vão ser outras pessoas. O gestor público tem que ter autonomia e poder de mando, e saber conduzir a sua equipe. Hoje, a gente tem sentido isso. Hoje falta gestão na saúde, falta uma gestão na segurança pública, falta gestão em vários setores na condução da Prefeitura Municipal. E é isso que a gente quer discutir. Esse é um dos motivos que levam o Solidariedade a apresentar uma candidatura majoritária. Eu me sinto preparado, tenho estudado muito os problemas, o orçamento do Município, toda essa questão a gente está se aprimorando, está buscando conhecimento. Eu trabalhei nessa área, entendo bem de recurso de gestão, de orçamento, da questão do legislativo também, sempre por dentro de todas as situações, e nós temos grandes desafios a serem enfrentados. Então, a gente precisa discutir a questão da educação, a questão do idoso, eu volto a frisar a questão da segurança pública, também do transporte público. Nós temos a questão da Sanepar, essa renovação que passou na surdina, sem discussão na cidade, isso precisa ser revisto. Então, são vários pontos que a gente precisa discutir e eu me sinto preparado. Eu tenho a vontade de ser candidato, e eu não sou candidato de mim mesmo, sou candidato do grupo que está sendo formado na cidade. Vou buscar o meu espaço, vou buscar, junto ao Solidariedade, construir esse espaço com a população. Vou ouvir a população e vou trazer a população para participar desse nosso projeto de governo, e vou convidá-los a participar deste projeto eleitoral também no ano que vem.

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