Mazer quer gestão técnica na Prefeitura e novo plano diretor | aRede
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Mazer quer gestão técnica na Prefeitura e novo plano diretor

Pré-candidato a prefeito acredita que gestor municipal deve estar ao lado das pessoas nos bairros e faz promessa por tarifa zero no transporte coletivo

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DE OLHO EM 2024! Guilherme Mazer é entrevistado especial dessa semana! Co-vereador de Ponta Grossa analisa prioridades para Ponta Grossa. Confira agora... | Autor: DE OLHO EM 2024!Guilherme Mazer é entrevistado especial dessa semana!Co-vereador de Ponta Grossa analisa prioridades para Ponta Grossa. Confira agora...

Emmanuel Fornazari

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Eleito em 2020 junto ao mandato coletivo do PSOL para a Câmara Municipal de Ponta Grossa, o então covereador Guilherme Mazer deixou a legenda e se filiou ao PT em 2023. Candidato a deputado estadual no ano passado, aproximou-se de nomes importantes como a presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann, e do próprio presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Mazer colocou-se como pré-candidato pelo PT à Prefeitura de Ponta Grossa.

A legenda faz parte da federação com PcdoB e PV, do deputado federal Aliel Machado. Segundo Mazer, o objetivo da pré-candidatura é dar visibilidade ao projeto de fortalecimento do partido. “A gente tem certeza que vamos voltar a ter representação institucional na Câmara de Vereadores e governar a Ponta Grossa a partir de 2025”, destaca.

Segundo ele, a cidade precisa de uma governança técnica. “Esse plano diretor que foi aprovado não satisfaz ninguém, não satisfaz nem a população, nem o setor imobiliário. Não há um projeto de desenvolvimento daqui para frente”. O agrônomo formado pela UEPG também defende um governo presente nos bairros. “Com uma gestão eficiente próxima do povo é possível resolver os problemas simples”, projeta.

Confira os principais trechos da entrevista abaixo. A versão completa, em vídeo, está disponível aqui no Portal aRede.

Portal aRede/Jornal da Manhã: Como se deu a mudança do PSOL para o PT após contribuir para que o PSOL alcançasse a primeira cadeira na história na Câmara Municipal?

Guilherme Mazer: Vem desde a campanha do presidente Lula, quando fui candidato a deputado estadual. Nós afunilamos, então, uma relação com o Partido dos Trabalhadores, principalmente a partir da presidenta nacional do PT, a Gleisi Hoffmann, deputada federal. Nesse período houve o convite de me integrar ao PT, com a perspectiva de a gente romper um ciclo dos mesmos governantes que já vêm há três mandatos na Prefeitura Municipal.

aRede/JM: Sem vereadores e há mais de 20 anos da última gestão na Prefeitura, como o senhor vê o cenário do PT hoje em Ponta Grossa?

Mazer: O balanço que o PT faz é que houve uma série de fatores que levaram a essa falta de representatividade institucional. Isso não quer dizer que o PT está morto, pelo contrário. O PT fez deputados estaduais, deputados federais no Paraná e o Lula, no segundo turno, em 2022, fez 70 mil votos em Ponta Grossa. Então, com essa associação da imagem do partido com os acertos do governo federal, a gente tem certeza que vamos voltar a ter representação institucional na Câmara de Vereadores e governar Ponta Grossa a partir de 2025.

aRede/JM: Como se dá a abertura para novas lideranças em partidos tradicionais, que possuem líderes históricos, como no caso do PT, que tem o presidente Lula e, em Ponta Grossa, o ex-prefeito Péricles de Holleben Mello?

É fundamental que a militância esteja envolvida nos movimentos sociais. É isso que vai gabaritar os nossos quadros para participar tanto da atuação popular como da atuação institucional, e eu acho que isso naturalmente vem. O PT, por exemplo, tem a deputada estadual mais jovem do Paraná, Ana Júlia, que vem do movimento estudantil. Aqui em Ponta Grossa, a gente tem o Marlon Alessandro, que vai se candidatar a vereador, e vem do movimento estudantil, tem eu mesmo, e a gente vai ocupando esses espaços e eu acho que é uma transição, nem sempre é tão harmoniosa, mas necessária.

aRede/JM: O que, na sua opinião, é preciso melhorar na gestão municipal em um eventual governo do PT?

Mazer: Isso não é da minha cabeça, principalmente hoje, com as chuvas, nós vemos a falta de planejamento que é histórica em Ponta Grossa. Tem que zelar da cidade, e uma gestão zelando, estando próxima, no dia a dia, tem capacidade de apresentar resoluções efetivas para os problemas que acontecem lá nos fundos de vale. Hoje as pessoas estão desabrigadas. Isso é um problema da expansão desordenada de Ponta Grossa. Você vê, o plano diretor que está em vigência, ele só foi aprovado no ano 2022, com uma pressão do Ministério Público, mas é muito ruim. Esse plano não satisfaz ninguém, não satisfaz nem a população, nem o setor imobiliário, não há um projeto de desenvolvimento daqui para frente. Ponta Grossa, uma cidade do tamanho que tem, com o investimento que tem, não pode ter um perímetro urbano desse tamanho, com densidade populacional muito baixa, que cria vazios urbanos, as pessoas morando cada vez mais longe, o que encarece todos os sistemas, e pasmem, Ponta Grossa não tem um plano de macrodrenagem. O que é um plano de macrodrenagem? É o que faz um diagnóstico, vê onde alaga, onde não alaga, onde tem que ter obra de engenharia para conter os alagamentos.

aRede/JM: Quais os pontos que você enquanto pré-candidato analisa que são importantes para debater na cidade?

Mazer: O Comitê em Defesa da Mobilidade Urbana já colocou como bandeira prioritária a tarifa zero, que é um jeito de você melhorar a qualidade de vida das pessoas, baixar o custo de vida na cidade. Muito se fala sobre que vai pagar a conta da tarifa zero, porque não tem almoço grátis. Na verdade, na desorganização da mobilidade urbana, quem paga são apenas os usuários do transporte coletivo, o que não faz sentido. A gente quer que se inverta isso, que aquelas pessoas que optem por usar o carro, que tenham mais recursos, também banquem o transporte coletivo [pelos impostos, porque o custo será arcado pela Prefeitura], porque eles também são beneficiados por isso. A gente tem exemplos de municípios que adotaram a tarifa zero e houve um incremento no faturamento, principalmente no setor de comércio, de 25 a 30%. Esse dinheiro retorna em imposto para o município, e aí dá capacidade de reinvestir para viabilizar a tarifa zero. Mais de 80 municípios do Brasil já adotaram a tarifa zero. Em relação à saúde, foi um desastre essas últimas três gestões. É muito emblemático que durante um período foi o procurador do município que virou secretário interino, porque ninguém queria assumir aquele buraco. Quando a gente votou na Câmara para entregar o Hospital da Criança para a Universidade Estadual de Ponta Grossa, já estava previsto no que Ponta Grossa ia conseguir absorver esse atendimento das crianças, mas não tinha nada preparado. Em seguida vem o fechamento do pronto-socorro. Ontem eu conversava com um agricultor e ele foi para Ivaiporã fazer uma cirurgia de hérnia, uma situação desconexa com a realidade.

aRede/JM: Por que você se sente preparado para ser um eventual prefeito e como pode contribuir no debate?

Mazer: Eu sou obcecado por resolver os problemas simples, e nesse período, no nosso mandato [coletivo com o PSOL na Câmara], eu pude perceber que com uma gestão eficiente, próxima do povo, é possível resolver os problemas simples. Eu estava no Bairro Chapada, e do lado de uma escola municipal, na rua Fênix, não passa nem com charrete. Como que a gente vai ter uma criança com disponibilidade de ir para a escola assim? Então, eu estou preparado nesse sentido. Eu sei que as secretarias, as pastas, estão deficitárias em relação à execução das suas ações e projetos, em relação ao planejamento da cidade, e eu quero fazer isso com muita gente técnica.

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