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Transporte coletivo de PG pode sofrer impacto com decisão da Câmara

Vereadores rejeitaram aumentar a vida útil dos ônibus; com isso, 13 veículos deixarão de circular pelo município em 2024

Com licitação, VCG explicou que não pode adquirir novos veículos
Com licitação, VCG explicou que não pode adquirir novos veículos -

Rodolpho Bowens

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A decisão da Câmara Municipal de Ponta Grossa (CMPG) em não ampliar a vida útil dos ônibus da Viação Campos Gerais (VCG), pode trazer impactos no sistema de transporte coletivo da cidade. Na última quarta-feira (29), os vereadores rejeitaram o Projeto de Lei (PL) nº 424/2023, que aumentava a ‘vida’ dos veículos para 14 anos (hoje, são 13 anos). Com isso, 13 ônibus deixarão de circular pelo município a partir de 2024.

O PL que tramitou na Casa de Leis, de autoria da Prefeitura Municipal de Ponta Grossa (PMPG), explicava que o objetivo era ampliar o tempo da frota de ônibus, “sem incidência de qualquer custo no preço do serviço” – vale lembrar que a VCG, atual concessionária, está cumprindo um contrato emergencial, já que uma nova licitação do transporte deverá acontecer em breve. Apesar disso, os parlamentares recusaram a proposta do Poder Executivo.

Vereadores de Ponta Grossa recusaram o projeto de lei da Prefeitura
Vereadores de Ponta Grossa recusaram o projeto de lei da Prefeitura |  Foto: Luiz Lacerda/CMPG.
 

Ainda segundo o texto assinado pela prefeita Elizabeth Silveira Schmidt (PSD), caso não ocorresse a aprovação do PL, prejuízos poderiam ser notados, já que a não ampliação da vida útil dos ônibus “impacta de forma significativa o valor da tarifa ao usuário final”. Hoje, os ponta-grossenses pagam R$ 4 na passagem de ônibus – isso só foi possível após a Prefeitura Municipal subsidiar parte do valor da tarifa técnica, atualmente superior aos R$ 4.

IMPACTOS NO TRANSPORTE – Em conversa com a assessoria de imprensa da Viação Campos Gerais, com a rejeição do projeto, dos 196 veículos totais da frota, 13 já deixarão de ‘rodar’ pelas ruas de Ponta Grossa em 2024 – seis ônibus articulados, cinco convencionais e dois mid, conhecidos como micro-ônibus. Em razão dessa ausência de veículos, possíveis impactos poderão ser esperados no transporte coletivo da cidade.

O primeiro deles é a superlotação no serviço público, já que menos ônibus estarão percorrendo às ruas do município. Como há o processo para uma nova licitação do transporte, a VCG explicou à equipe de Jornalismo do Portal aRede que não poderá adquirir novos veículos para renovar a frota. Com isso, a população terá menos ônibus à disposição. E o segundo é o valor da tarifa, que poderá sofrer alterações.

A Viação Campos Gerais é a atual concessionária do transporte coletivo
A Viação Campos Gerais é a atual concessionária do transporte coletivo |  Foto: Divulgação.
 

Como a decisão é recente, a Viação Campos Gerais ressaltou que os impactos ainda são incertos. Por isso, lideranças da concessionária e da Prefeitura Municipal se reunirão nos próximos dias para entender quais serão os possíveis prejuízos. Porém, informações obtidas pelo Portal aRede indicam que os impactos são certos, porém, ainda não é possível precisar com exatidão quais serão eles.

NOVA LICITAÇÃO – Com a expectativa de um novo contrato para o serviço público, ainda no início do outubro o líder do Governo Municipal no Poder Legislativo, Julio Küller (MDB), afirmou que a nova licitação começaria no início de dezembro. “Nós teremos, agora em dezembro, o início da licitação do novo modelo de transporte coletivo em nossa cidade”, disse durante uma ‘Sessão Ordinária’ da Casa de Leis.

O contrato que definirá as regras e condições do transporte pelos próximos 20 anos, que será dividido em dois lotes, conta com uma série de novidades para a população: em maio, durante audiência pública realizada no auditório do Conservatório Maestro Paulino, a Prefeitura destacou que “o novo projeto prevê bilhetagem 100% eletrônica, trazendo assim mais segurança aos trabalhadores e usuários do sistema, diminuindo o risco de assaltos”.

Além disso, segundo apresentação feita pela Comissão Especial de Estudos e Projetos de Transporte Coletivo, “todos os veículos adquiridos durante a concessão” terão que possuir ar-condicionado e também foi apontado a projeção do aumento na frota de ônibus elétricos em Ponta Grossa. Na época, um veículo esteve sendo testado como resultado de uma parceria entre VCG, Prefeitura e a empresa Marcopolo.

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