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Conseguirá Rangel manter a ‘superaliança’ de governo?

Eloir Rodrigues

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Um interlocutor do Palácio da Ronda, muito próximo do gabinete principal, fez algumas ponderações acerca das alianças políticas construídas pelo governo municipal e que agora Marcelo Rangel tentará manter em torno de sua candidatura à reeleição.

No ponto de vista dele, o alcaide chegará sim no ringue eleitoral de 2016 com uma retaguarda de dar inveja, com o apoio do governador Beto Richa e do PSDB; do deputado Plauto Miró Guimarães e do DEM; e do secretário estadual Ratinho Júnior, do ex-prefeito Jocelito Canto e do PSC; sem falar de outras lideranças e partidos que hoje ocupam espaço na administração municipal.
É como se Rangel tivesse super-poderes suficientes para fazer uma alquimia que, ao olhos dos mais pragmáticos, seria quase impossível. Seria de quebrar o palanque com tantos apoios de peso!

Tudo bem que em política até cavalo voa… Mas transferir essa aliança de governo para sua candidatura à reeleição, é uma tarefa árdua para Rangel. Porque diferente de quando se está com o mando político, e todos querem estar próximo, no ringue eleitoral cada um puxa a corda pro seu lado. Os interesses divergem.

O interlocutor do Palácio da Ronda lembrou que além da pasta de Meio Ambiente, ocupada por Valdenor Cenoura, o PSC de Ratinho também possui a secretaria de Governo, comandada por Marcos Vinicius de Freitas. O Marquinhos, como é conhecido, também é vice-presidente do PSC em Ponta Grossa. Foi advogado de Jocelito por oito anos e ainda o defende em alguns processos.

Teoria tudo aceita….
Segundo o interlocutor, a ordem de Ratinho é de fortalecer o partido na cidade, com uma boa chapa de candidatos a vereadores e a preparação de nomes para uma eventual indicação do vice de Rangel. “Estamos fechados com o alcaide”, garantiu. Questionado se essa parceria com Ratinho não inviabiliza a aliança com Beto, o interlocutor retrucou: “Beto está alinhado conosco. O João Carlos (secretario estadual, PSDB) também. Plauto, estivemos juntos quinta-feira”.

O interlocutor do Palácio da Ronda foi ainda mais além: disse que o vice de Rangel não precisa, necessariamente, ser do PSC. E reafirmou que Richa e Ratinho estão fechados com Rangel. Em contraposição a esses entendimento que brotam do chamado “núcleo duro” do governo municipal, o fato é que existem vários outras questões a serem analisadas.

Primeiro: muitos caciques do PSDB local já bateram o pé que não querem compor com Rangel. Caso do único vereador tucano da cidade, Daniel Milla, que já faz alguns meses está em pé de guerra com o governo. A ponto de seus três indicados para cargos comissionados na administração terem sido exonerados a mando direto de Rangel.
Situação muito parecida aconteceu com o DEM, do deputado Plauto. O partido perdeu as três pastas que outrora ocupava no governo municipal. Rangel tomou de volta as pastas de Planejamento; Indústria e Comércio e Agência do Trabalhador. Ainda que Plauto mantenha o diálogo com o prefeito, será que o DEM manterá o apoio ao ‘candidato Rangel’?

Pro que der e vier?
Outro fato merece ser considerado: Jocelito colocou uma filha no PDT de Márcio Pauliki, outra no PSC de Ratinho e ele mesmo se filiou no partido do patrão. Será que ele faria tudo isso e depois abriria mão da vaga de vice para uma das filhas ou mesmo se sua própria candidatura a prefeito, e tudo isso para apoiar a reeleição de Rangel apenas por ‘companheirismo”? Na prática a teoria da superaliança de Rangel é complicada. Na hora do pega pra capar, ele terá que fazer suas escolhas. E isso se estende também a outros partidos.

O PSB, por exemplo, está no governo municipal, sendo representado por Elisabete Schmitd, na Administração e Negócios Jurídicos. O PSD tem o vice-prefeito, Zeca Raad, e o SOS (secretaria de Obras Sociais), com Júlio Kuller. Ambos os partidos tem condições e querem indicar alguém para a vice de Rangel. Mas só há uma vaga. Será que PSB e PSD mantém apoio a Rangel se não conseguirem a vice?

Tudo isso está em jogo. Conquistar aliados, quando se está no poder, é fácil. O difícil é reforçar o exército quando se está em guerra, e com fortes adversários nas trincheiras da oposição…

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