‘Os Croods’ e os desafios de superar o que é antigo | aRede
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‘Os Croods’ e os desafios de superar o que é antigo

Tiago Bubniak

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‘Depois da Terra’, de M. Night Shyamalan, baseia-se no slogan “O perigo é real; o medo é uma escolha”. Em ‘Os Croods’, animação dirigida por Chris Sanders e Kirk De Micco, essa ideia parece ser retomada, só que com carga significativa totalmente oposta: “Os (muitos) perigos são reais; o medo é uma obrigação”.

O título do filme refere-se a uma família pré-histórica de seis integrantes e a alusão ao slogan remete ao comportamento superprotetor do pai, Grug (voz de Nicolas Cage). Na ânsia de livrar seus familiares das ameaças do mundo externo, Grug os obriga a viver a maior parte do tempo trancafiados em uma caverna. O contato com o exterior é permitido apenas para tomar sol e buscar alimento.

Eep (Emma Stone), a filha adolescente, tem aversão aos “mantras” constantemente lançados pelo pai: “novidade é ruim”, “curiosidade é ruim”, “nunca deixe de ter medo”, “o medo nos mantém vivos”. A chance de sair desse “útero” de proteção exacerbada parece surgir com Guy (Ryan Reynolds), jovem que Eep conhece e simboliza a abertura para o desconhecido. Mas Guy não é o único motivo da mudança: o próprio mundo que os Croods habitam está em transformação profunda e é preciso adaptar-se.

O filme é repleto de estereótipos: a filha adolescente rebelde que contesta as recomendações paternas, o pai com dificuldades de relacionamento com a filha, a esposa conciliadora e diplomática que busca constantemente entender o ponto de vista de cada um, o genro que vive trocando farpas com a sogra, o menino ainda em desenvolvimento com receio de tudo porque está influenciado pela extrema proteção do pai, o jovem que não teme novidades e desafios.

O que ‘Os Croods’ faz é apropriar-se de situações e comportamentos bem universais para ofertar uma história digerível a qualquer público. O contexto também é universal e atemporal: o desafio de vencer o receio de encarar o novo, superar o antigo e conquistar as eventuais recompensas dessa atitude. O resultado acaba sendo simpático.  Dentre os destaques estão as cenas envolvendo luz e fogo, sempre muito espirituosas. Como manda a cartilha do cinema comercial, o filme é capaz de atrair crianças e adultos e, assim, ter bom retorno financeiro.

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