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‘Em Chamas’ é apenas mais do mesmo. Ou nem isso...

Tiago Bubniak

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Internet, cinema, DVD’s, revistas, jornais, emissoras de rádio e TV expõem com insistência a estreia de ‘Jogos Vorazes – Em Chamas’ e vendem o filme como novo fenômeno mundial para o público adolescente. Mas a quantidade de mensagens provocativas do primeiro trabalho permite dizer que se trata de uma produção interessante também para o público adulto.

O grande mote deste segundo filme, dirigido por Francis Lawrence, é a revolução dos distritos. Inspirada pela esperança encarnada em Katniss (Jennifer Lawrence), a população dá início a focos de resistência contra a Capital. Naturalmente, os rebeldes são contidos pelos pacificadores que, de pacíficos, não têm nada. Falar em “grande” mote, no entanto, é relativo. Pode-se dizer que aqui está o maior problema deste capítulo da saga cinematográfica adaptada dos livros de Suzanne Collins.

O próprio nome, ‘Em Chamas’, remete (também) à revolução nos distritos, mas esse assunto é superficialmente pincelado. O roteiro demora a dizer a que veio e quando finalmente parece que vai mostrar sua mensagem “subversiva”, segue para os jogos vorazes propriamente ditos, com suas estratégias e perigos exibidos apenas para entreter. Não há grandes novidades (exceto uma) e o público se depara com uma “queda no abismo” abrindo para a sequência a ser exibida em 2014. Parece uma telenovela com os créditos finais subindo em meio a um clímax. Típico de trilogias (ou quadrilogias, no caso) comerciais filmadas para atrair as massas.

O impacto do primeiro capítulo da série se perdeu. Lamentável! Uma grande pena porque a franquia tem subtextos surpreendentemente provocativos. Está lá a ironia de os jovens pobres serem chamados de “tributos” a serem “colhidos” para atuar em um reality show que diverte os mais abastados. Está lá o gritante abismo entre centro e periferia, com a irritante opressão do primeiro sobre a segunda. Consta na série a assustadora competição entre jovens incentivada pelos mais poderosos cujo desfecho é a morte precoce (uma crítica óbvia ao mercado capitalista, que não raras vezes estimula formas camufladas de violência em nome do êxito pessoal e individualista).

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