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Diários íntimos compõem aula textual no Sagrada Família

Oitavo ano da Sede São José do Colégio de Ponta Grossa pôde imergir no conceito do gênero textual, utilizando ‘O Diário de Anne Frank’ como base para o trabalho

Trabalho inspirou alunos que puderam deixar 'legado' para colegas de 2023
Trabalho inspirou alunos que puderam deixar 'legado' para colegas de 2023 -

Dhiego Tchmolo

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Oitavo ano da Sede São José do Colégio de Ponta Grossa pôde imergir no conceito do gênero textual, utilizando ‘O Diário de Anne Frank’ como base para o trabalho

O 8º ano do Colégio Sagrada Família, Sede São José, em Ponta Grossa, sob coordenação da professora Miriam Maria Vaz Herrera, Põde conhecer o gênero ‘diário íntimo’. Neste contexto, os alunos produziram textos dentro da temática, refletiram sobre sua importância em relação ao que este diários representaram como legado à história humana. A docente comenta os principais pontos do trabalho, além de trazer relatos dos alunos acerca da temática.

 “No gênero diário íntimo, registram-se não apenas fatos do dia a dia, mas pensamentos e impressões que esses acontecimentos provocam. Geralmente confidencial, o diário é considerado, por seu autor, um interlocutor em quem confia e para o qual pode revelar segredos e reflexões íntimas. O autor de um diário íntimo tem apenas a si mesmo como interlocutor. Essa situação é alterada quando o diário é publicado (em livros ou em outros meios), pois a edição tende, de algum modo, a alterá-lo com vistas a proteger os interesses das pessoas envolvidas”, destaca a educadora.

Miriam cita que a ideia de trabalhar o gênero partiu dos estudos do diário íntimo, por meio de leituras de trechos da obra ‘O diário de Anne Frank’. Conforme explica a professora, Annelies Marie Frank era uma garota, judia e vítima do Holocausto na Segundo Guerra Mundial, vivendo por dois anos em um esconderijo na capital da Holanda, Amsterdã. No período, escreveu seu diário íntimo, denominado ‘Kitty’. Descoberta, a família foi separada, levada para campos de concentração, com o pai de Anne sendo o único sobrevivente, descobrindo seu diário e o publicando, em 1947.

Com todo esse contexto, conforme explica a educadora, vários alunos da turma citaram que já tinham lido a obra – e, para quem ainda não o fez, citaram que conheciam este registro histórico. Assim despertou-se grande interesse da turma pelo gênero e tema, com a produção de diários que iam além de relatos íntimos, abordando questões econômicas, políticas, sociais e mesmo os relatos de Anne.

“Após estudo do gênero e de textos afins, durante duas semanas, os alunos produziram livremente, em casa, trechos de diários pessoais. Como essas produções serão entregues, para leitura, aos alunos do 8º ano, de 2023, ficou combinado que a escolha dos dias registrados oficialmente seria livre. Cada um pôde escrever sobre sentimentos, momentos bons e ruins, planos futuros, questionamentos sobre temas políticos, sociais, econômicos, dentre outros. Como são textos que serão compartilhados com outras pessoas, os alunos foram orientados para registrar somente o que desejassem, nada além do que gostariam que fosse mostrado”, complementa Miriam.

O objetivo, explana a professora, foi mostrar que o diário pode ser mais que somente o relato íntimo, tornando-se mesmo um documento importante na história, como a obra de Anne e outros autores. “Acredito que esse objetivo foi alcançado tendo em vista o interesse e a participação dos alunos. Durante essas duas semanas, antes do início das aulas de Língua Portuguesa ou de Produção de Texto, muitos vinham comentar, questionar e trocar ideias sobre o teor dos diários. Houve casos de alunos que chegaram a comprar o livro o que comprova o grau de envolvimento. Para nós, professores, essa é a maior recompensa”, conclui a docente. Vale destacar que os diários produzidos pela turma foram recolhidos e guardados até 2023, com leituras dos futuros alunos do 8º ano.

Relato dos alunos

“Registrar momentos importantes, falar sobre seus sentimentos para si mesmo guardando um momento especial ou histórico para sempre.” Nicolas Waurech, 13 anos. 8º SJ

“Desabafar e falar o que você está sentindo, principalmente aquilo que não quer que outras pessoas saibam. O diário também é um modo de saber como você pensava e quem era no passado.” Natalie Sopelsa Zakowicz, 12 anos. 8º SJ

“O diário é um meio de poder desabafar e contar sentimentos que eu não falaria a ninguém. É um lugar onde eu não preciso me fingir de forte, posso demostrar meus medos, pontos fracos e o que me machuca.” Nathália Lourena Monico, 13 anos. 8º SJ

“Deixar um diário é importante para que nossas próximas gerações possam saber mais sobre a gente, sobre coisas que estavam acontecendo no mundo em determinada época.” Beatriz de Lima Macedo, 13 anos. 8º SJ

“Eu acredito que os diários auxiliam na tentativa de tornar um fato vivido mais verossímil pelo fornecimento de detalhes mínimos que alguns estudiosos podem utilizar para confirmar um determinado momento histórico com maior precisão.” Rômulo Alves, 13 anos. 8º SJ

“Para desabafar, deixar registradas suas opiniões e ideias, falar coisas que você não se sente à vontade para contar a outra pessoa e, de certa forma, eternizar momentos importantes.” Laura de Sousa Oliwiak, 12 anos. 8º SJ

“Pois algum dia os relatos escritos podem ser utilizados para se descobrir ou comentar sobre o que ocorreu, como o diário de Anne Frank, que foi utilizado para registro sobre a 2ª Guerra Mundial mostrando-se muito importante.” Maria Eduarda Müller de Quadros, 13 anos. 8º SJ

“Estava me sentindo muito sozinha e insegura não podendo contar meus segredos e ideias a ninguém. Então resolvi escrever um diário.”  Isabelle Schultz Soltovski, 13 anos. 8º SJ

“No futuro, os diários podem ser lidos para relembrar o que aconteceu no passado e alguns deles podem até ter importância histórica, como o “Diário de Anne Frank”.”  Maria Lívia Calixto Vendrami, 13 anos.  8º SJ

“Queria alguém com quem me abrir, expor meus sentimentos, pensamentos. O diário virou meu amigo imaginário.” João Paulo Benhuk Hnyda, 13 anos. 8º SJ

“Eu comecei a escrever um diário porque vi que era uma nova forma de expressar o que eu sentia. Às vezes, tenho problemas de autoestima e o diário acaba me auxiliando.” Júlia Pillsky Gonzeli Ferreira, 12 anos. 8º SJ

Acesse o blog escolar do Colégio Sagrada Família clicando aqui.

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