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ONGs assinam documento pedindo vacinação de crianças

O objetivo do documento é alertar o Poder Executivo para que solicite o quanto antes vacinas da Pfizer e as distribua pelo Programa Nacional de Imunização.

O documento será enviado, por meio de ofício, ao CONANDA,  como forma de garantir que as crianças sejam imunizadas o quanto antes.
O documento será enviado, por meio de ofício, ao CONANDA, como forma de garantir que as crianças sejam imunizadas o quanto antes. -

Da Redação

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O objetivo do documento é alertar o Poder Executivo para que solicite o quanto antes vacinas da Pfizer e as distribua pelo Programa Nacional de Imunização

Cinco das mais importantes ONGs internacionais que trabalham com crianças no mundo (ONG Visão Mundial, Aldeias Infantis SOS Brasil, ChildFund Brasil, Federação Internacional Terre des Hommes e Plan International) divulgaram um posicionamento nesta sexta-feira (17) sobre a importância da vacinação contra a covid-19 em crianças de 5 a 11 anos.

O objetivo do documento é alertar o Poder Executivo para que solicite o quanto antes vacinas da Pfizer e as distribua pelo Programa Nacional de Imunização, para vacinar as crianças do País, conforme já autorizado pela Anvisa.

O documento será enviado, por meio de ofício, ao Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA), como forma de garantir que as crianças sejam imunizadas o quanto antes.

Confira abaixo o posicionamento da aliança:

NOTA PÚBLICA PELA CELERIDADE E URGÊNCIA DA VACINAÇÃO INFANTIL NO BRASIL

17 de dezembro de 2021

A Visão Mundial, Plan International Brasil, Terre des Hommes Suisse, Terre des Hommes Scwheiz, ChildFund Brasil e Aldeias Infantis SOS Brasil, Organizações Não-Governamentais (ONGs) internacionais com representação no Brasil e que trabalham pelos direitos e proteção à criança, vêm respeitosamente emitir seu posicionamento a respeito da necessidade do Poder Executivo federal proceder com celeridade e urgência na solicitação de vacinas do laboratório Pfizer e sua distribuição pelo Programa Nacional de Imunização para crianças de 5 a 11 anos, conforme aprovado ontem, dia 16, pela ANVISA, como já vem sendo realizado por países como Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França, Espanha, Coreia do Sul, Austrália e Holanda.

A notícia nos enche de esperança para o próximo ano, pois com a inclusão desse público, o Brasil poderá vacinar 93% de toda a população, segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que indica um número de 20,4 milhões de crianças entre 5 e 11 anos no país, mesmo as crianças não tendo sido a maioria das vítimas letais da Covid-19, os números absolutos também assustam: cerca de 2,5 mil crianças e adolescentes brasileiros morreram pela doença desde o início da pandemia. 

Contudo, o Ministério da Saúde declarou ontem, dia 16 de dezembro, que o governo brasileiro ainda irá analisar a recomendação da Agência reguladora, não apontando uma previsão para a solicitação de vacinas à empresa estadunidense e para sua distribuição pelo Programa Nacional de Imunização.

Sabemos que o Ministério da Saúde já tem uma previsão contratual de adquirir 100 milhões de doses da Pfizer para 2022, as quais podem ter versões adaptadas, podendo ser então destinadas à população infantil, que segundo determinação da ANVISA, as crianças devem receber o imunizante em duas doses de 0,2 mL, equivalente a 10 microgramas, um terço da dose aplicada em um adulto.

Cumpre salientar que a decisão da ANVISA de autorizar o uso de vacinas para crianças a partir de 5 anos contou ainda com o apoio das associações médicas brasileiras de Infectologia, Pediatria, Imunologia, Imunizações e Pneumologia, cientes dos benefícios ao público pediátrico. 

É essencial, portanto, que o Poder Executivo federal esteja empenhado em garantir as doses o mais rápido possível, visto que as vacinas são seguras e eficazes, segundo já apontou o principal órgão regulador e autorizador de vacinas no país, e também as grandes responsáveis pela diminuição diária das médias de mortes no país. São mais de 20 milhões de crianças a serem beneficiadas, e o tempo urge, à medida que o ano letivo nas principais redes de ensino tem como previsão se iniciar novamente em fevereiro de 2022, as vacinas precisam ser aplicadas com celeridade, pois a segunda dose apenas pode ser aplicada 21 dias após a primeira dose, e ainda respeitados os 15 dias para a completo efeito de imunização, nossas crianças apenas estarão seguras, no melhor dos mundos, apenas em março do próximo ano, corroborando para que se assegure não só o direito à saúde, mas também o direito à educação de milhões de crianças e adolescentes no país.  

Diante disso, é de extrema importância contarmos com um retorno às escolas da forma mais segura possível, e o corrimento regular do ano letivo. Hoje, a Covid é a doença que mais mata crianças no Brasil dentre todas as doenças infecciosas contempladas no calendário de vacinação infantil. A população não vacinada é sempre a mais suscetível à doença e às novas variantes. Isto, diante ao retorno das atividades sociais e coletivas fará das crianças os principais vetores e as vítimas de maior potencial, contribuindo, além de tudo, para a intensificação de uma atmosfera inaceitável de preconceito e discriminação contra a população infanto-juvenil

Desde 2020 as crianças já vêm sofrendo direta e indiretamente os efeitos da pandemia, com as escolas fechadas, o aumento de casos de violência doméstica e familiar, o aumento da pobreza e consequentemente o trabalho infantil e a insegurança alimentar, a aceleração da gravidez e do casamento precoce, a orfandade por morte de seus responsáveis legais e afetivos, e tantas outras consequências graves.

A pandemia não acabou e nossas crianças precisam ser protegidas hoje, para que possamos garantir-lhes um novo ano que se inicia com mais esperança.  

Assinam esta nota:

Aldeias Infantis SOS Brasil

ChildFund Brasil

Plan International Brasil

Terre des Hommes Suisse

Terre des Hommes Scwheiz

Visão Mundial

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