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Dinâmica no Sagrada Família mostra necessidade da inclusão

Nono ano do colégio ponta-grossense pôde estudar – e reproduzir em casa – dificuldades cotidianas enfrentadas por deficientes visuais, auditivos e motores

Usar esquadros para estudar foi uma dificuldade encontrada pela aluna Grazielly do Bomfim Antisko que simulou deficiência motora/A aluna Luiza Galvão Matoso, ao servir água, mostra a dificuldade do deficiente visual em tarefas do cotidiano
Usar esquadros para estudar foi uma dificuldade encontrada pela aluna Grazielly do Bomfim Antisko que simulou deficiência motora/A aluna Luiza Galvão Matoso, ao servir água, mostra a dificuldade do deficiente visual em tarefas do cotidiano -

Dhiego Tchmolo

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Nono ano do colégio ponta-grossense pôde estudar – e reproduzir em casa – dificuldades cotidianas enfrentadas por deficientes visuais, auditivos e motores

A inclusão é um assunto cada vez mais importante e latente a ser discutido na educação. Com essa perspectiva, os alunos do 9º ano do Colégio Sagrada Família em Ponta Grossa, sob coordenação da professora Mônica Karoline de Lima, desenvolveram amplas atividades acerca do tema, com foco na sociedade atual, através de leituras realizadas nas aulas de Língua Portuguesa.

“A visão sobre a deficiência mudou muito nas últimas décadas. Passou do conceito de um modelo médico, no qual a deficiência é entendida como uma limitação do indivíduo, para um modelo social e mais abrangente, que compreende a deficiência não só como resultado das limitações e estruturas do corpo, mas também da influência de fatores sociais e ambientais do meio no qual está inserida”, aponta a docente.

Segundo Mônica, a Organização das Nações Unidades (ONU), através da Convenção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, proclamada em 2006, estabelece as mudanças de conceito através do artigo 1º.

“Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interações com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade com as demais pessoas”.

A educadora pontua que para cobrar a administração pública sobre “ações inclusivas, promoção de mecanismos de eliminação das barreiras existentes para a inclusão, investimento em acessibilidade, através de projetos adaptados de tecnologia assistiva, de comunicação alternativa, entre outros”, para dispor de meios que tragam igualdade e interação, torna-se indispensável entender as dificuldades enfrentadas, cotidianamente, por quem tem deficiência.

“Por isso, não basta debater o assunto e conhecer a teoria, mas também tentar sentir o que é ter um impedimento de longo prazo, seja de natureza física, mental, intelectual ou sensorial”, pontua a professora. Nesse ínterim, Mônica dividiu os alunos em grupos, para que experimentassem, dentro de suas casas e supervisionados por um responsável, três situações comuns que pessoas com deficiência vivem diariamente.

O primeiro foi utilizar uma venda, para exemplificar a deficiência visual; a segunda, com uso de protetores auriculares, baseado na questão auditiva; e, para complementar, imobilizando um membro superior ou inferior, que mostrou as limitações de movimento e locomoção, além da impossibilidade utilizar as pernas e levantar.

“O resultado foi a conclusão de que não importa a deficiência: não é a pessoa que é deficiente, mas a sociedade, e o meio no qual ela vive, que são deficientes. Portanto, faz-se necessário modificar, adaptar e aperfeiçoar o meio para que todos tenham seus direitos garantidos, a partir do empoderamento dado pela autonomia de ações dentro da sociedade”, conclui Mônica.

Acesse o blog escolar do Colégio Sagrada Família clicando aqui.

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