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Cuidados com a saúde mental devem fazer parte do dia a dia

10 de setembro marca a luta da prevenção ao suicídio

Dra. Kelly fala sobre a prevenção contra o suicídio
Dra. Kelly fala sobre a prevenção contra o suicídio -

Da Redação

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16 mil vidas perdidas no Brasil apenas em 2022: O suicídio é uma triste realidade que gera perdas irreparáveis a famílias diariamente. A média é de 44 ocorrências de suicídios por dia. Tudo isso considerando, ainda, que os casos subnotificados podem fazer o número ultrapassar um milhão no mundo. O dia 10 de setembro é o Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio e marca o Setembro Amarelo, mês dedicado à causa, mas a iniciativa requer ações durante todo o ano. Em 2023, o lema da campanha é "Se precisar, peça ajuda!". O Consórcio Intermunicipal SAMU Campos Gerais (CIMSAMU) reforça a importância da prevenção, do cuidado à vida e da conscientização.

"Os suicidas sofrem com a doença mental e o tratamento eficaz é o pilar mais importante da prevenção. Isto é consenso, inclusive faz parte da cartilha da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) sobre o tema", coloca a Diretora Técnica do CIMSAMU, Dra. Kelly Kravchychyn. "O preconceito com as pessoas que sofrem com doenças mentais e comportamento suicida, infelizmente, ainda é crescente e elas, muitas vezes, sentem-se envergonhadas e discriminadas. Ao contrário do que muitos dizem, devemos, sim, falar sobre o suicídio, disseminar informação e incentivar que estas pessoas busquem ajuda", garante.

Saber quais são os fatores de risco para um paciente suicida pode fazer a diferença na hora de ajudar alguém. "As doenças mentais são o fator principal e, muitas vezes, não são tratadas ou sequer diagnosticadas. As mais comuns são a depressão, transtorno bipolar, alcoolismo, dependência de drogas, transtorno de identidade e esquizofrenia", enumera. "Pacientes que já tentaram suicídio antes têm de cinco a seis vezes mais chances de tentar novamente, segundo a cartilha da ABP, o que faz também da tentativa prévia um fator importante", completa a Diretora do CIMSAMU. "Outros fatores de risco que devemos estar muito atentos são os sentimentos de desesperança e impulsividade, especialmente entre jovens e adolescentes; doenças clínicas não psiquiátricas, como pacientes com câncer, HIV, doenças neurológicas, pois eles, muito frequentemente, apresentam transtornos psiquiátricos intensificados ou causados por estes motivos; pessoas que sofreram na infância e adolescência com eventos adversos, como abuso físico e sexual, maus tratos, entre outros fatores; e história familiar e genética", enumera Dra. Kelly.

A idade também é um fator importante a ser observado. "O suicídio também tem aumentado entre os jovens, que podem, muitas vezes, apresentar estes fatores citados anteriormente, como desesperança ou história recente de traumas. Assim como os idosos, que enfrentam a perda de parentes, solidão e enfermidades", explica. Da mesma forma, fatores sociais podem aumentar os riscos, como o desemprego, problemas financeiros, entre outros. "Os 'fatores protetores', como consta na cartilha da ABP, podem nos ajudar nesta luta. Eles são o bom suporte familiar, laços sociais bem estabelecidos com família e amigos, ausência de doença mental, estar empregado, acesso a serviços e cuidados de saúde mental, entre muitos outros", detalha.

            "No geral, alguns cuidados funcionam para todas as idades: comer bem, não apenas para boa forma física; praticar atividades físicas; dormir bem; dedicar momentos a pessoas e atividades de que goste; desenvolver o autoconhecimento", diz Dra. Kelly. "Em especial, no caso dos adolescentes, a oferta de serviços de saúde mental permite que eles se expressem, sintam-se ouvidos, evitando eventuais gatilhos para a doença mental", explica. "Já no caso dos idosos, as interações sociais são indispensáveis para a boa saúde mental. O chamado 'envelhecimento ativo', terminologia adotada pela Organização Mundial da Saúde, significa envelhecer com qualidade, com a participação da população idosa em questões sociais, culturais e civis", conta.

"É primordial estarmos todos atentos, como sociedade, aos sinais que estas pessoas apresentam de sua doença mental, da ideação suicida, para que possamos agir com efetividade, empatia e compreensão. Além disso, o incentivo a buscar ajuda profissional médica psiquiátrica, orientação e apoio psicológico, além de uma rotina mais saudável para o corpo e para a mente, é uma tarefa de todos a favor da vida", afirma. "Oferecer apoio e um 'ombro amigo' é importante, mas a ajuda profissional é indispensável", reforça.

A tentativa de suicídio é enquadrada na categoria de emergência médica, ou seja, faz parte dos atendimentos realizados pelo SAMU. Neste caso, deve-se acionar o SAMU 192, para que os profissionais possam reduzir o risco imediato e encaminhar à unidade hospitalar de referência", explica Dra. Kelly. 

Com informações: Assessoria da imprensa.

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