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O que fazer quando a alfabetização começa ‘muito cedo’

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O contato das crianças com a informação tem se dado cada vez mais precocemente. Computadores, tablets e smartphones são figuras conhecidas mesmo pelos mais novos. Não à toa, os processos de aprendizagem e de alfabetização também têm começado cada vez mais cedo. Mas, como os pais devem agir? De que maneira devem estimular o filho a desenvolver suas habilidades? E quando o estímulo é demais?

De acordo a coordenadora pedagógica do Colégio Evolve , Lisley Amado, é preciso ter equilíbrio. "Quando a família percebe que a criança tem interesse, que já está aprendendo coisas relacionadas à escrita, é preciso respeitar o momento e dar respostas às perguntas dela. No entanto, não se pode forçá-la a ter resultados, pois ela está um momento de descoberta", explica.

Lisley também conta que não é porque a criança reconhece algumas palavras que ela já está alfabetizada. Isso porque a alfabetização envolve a interpretação de textos, o que costuma acontecer por volta dos 7 anos. Antes disso, a criança ainda está em processo de letramento, quando apenas reconhece palavras estáveis -- como o próprio nome ou o nome dos pais --, as repete e até escreve, mas não consegue compreender o significado de um texto. Desta forma, nem sempre o reconhecimento de palavras significa que a criança seja, de fato, precoce.

Ainda assim, se os pais perceberem que existe o interesse da criança em desenvolver seu aprendizado, é preciso permitir que isso aconteça, sempre com o cuidado de não exagerar na dose, enchendo-a de livros, por exemplo. Segundo a psicopedagoga clínica Quézia Bombonatto, diretora da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp), os estímulos podem ser simples, como permitir que a criança participe da elaboração de uma lista de supermercado ou oferecer alguns livros. Assim, o processo acontecerá naturalmente, sem "pesar" na quantidade de informações e nem podar o desenvolvimento da criança.

Na escola, segundo Lisley Amado, os estímulos são divididos por faixa etária, mas tudo depende do desenvolvimento da turma. "Para as crianças de 2 anos, esses estímulos acontecem quando elas acompanham uma história, veem o próprio nome nos materiais. Para as mais velhas, os estímulos vão ficando mais complexos", conta.

Mas também pode ocorrer o processo inverso. Os pais podem perceber que o filho está atrasado com relação aos colegas. Nesses casos, segundo Quézia Bombonatto, não há motivo para preocupações. Muitas vezes, a criança ainda está dentro do desenvolvimento previsto para sua faixa etária, e os colegas que estão um pouco avançados. “É preciso respeitar o tempo de cada um. O problema acontece quando a criança apresenta um déficit com relação às habilidades que já deveriam ter sido desenvolvidas em sua idade”. E, neste caso, conforme a especialista, é preciso estimulá-la um pouco mais em casa. Nos casos em que não há grandes avanços, recomenda-se a procura de um profissional.

Informações da assessoria.

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