Hamilton crava a pole e terá a companhia de Ricciardo na 1ª fila | aRede
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Hamilton crava a pole e terá a companhia de Ricciardo na 1ª fila

Fernando Rogala

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Mudanças nas regras, novos carros e novos motores. Tudo indicava para um início de temporada atípico. Mas ninguém esperava nada semelhante com o que ocorreu neste primeiro treino classificatório para o GP da Austrália. A chuva veio e esculhambou com a ordem que deveria ser a natural: bom para o espetáculo, que tornou imprevisível prever quem faria a pole. No final, um mais rápido que o outro, e após a quadriculada, a vibração do público australiano com a pole de Ricciardo - que se transformou em desabafo ao ver, logo na sequência, o 44 de Hamilton assumir o topo da tabela de classificação.

As Williams, favoritas, terminaram com as últimas posições do Q3, com Massa em nono e Bottas em décimo. Atrás deles, eliminados no Q2, três campeões e seis títulos mundiais. Entre eles Vettel, talvez a maior surpresa negativa, que irá largar na 12ª posição. E a surpresa positiva não só da Red Bull com o Ricciardo, mas do estreante Kevin Magnussen, cravando o quarto melhor tempo com a Mclaren.

Como foi o treino

O Q1 já começou diferente, com apenas 18 minutos, de acordo com as novas regras. Não demorou muito tempo e Massa já aparecia no topo, liderando o Q1. Tempo que foi logo superado pela Red Bull do dono da casa. Enquanto Ricciardo ponteava, Vettel beliscava o muro, tentando ser rápido. Até aí, muitos pilotos errando: Hamilton e Grosjean passeando na grama, Alonso travando pneu, Maldonado rodando.

Passados 11 minutos, começou a garoar. E os tempos não melhoraram, fazendo os carros se recolherem. Gutierrez, que estava em 19º, bem que tentou fazer uma volta mais rápida para ir para o Q2, mas sem sucesso. O Q1 acabou na seguinte hierarquia: Ricciardo, Magnussen, Massa, Alonso, Button, Bottas, Hamilton, Vettel, Raikkonen e Rosberg.

Os eliminados no Q1 foram Chilton (17º, que ficou fora por 19 milésimos), Bianchi (18º, que levou tempo do companheiro), Gutierrez e Marcus Ericsson, o 20º, que fez tempo de 1:35.157, 40 milésimos mais lento que o piloto da Sauber. Grosjean, da Lotus, fez um tempo ridículo de 1:36.993, e atrás dele, Maldonado, sem tempo. Ou seja: inacreditavelmente, Kobayashi levou uma Caterham ao Q2.

O treino sob a chuva

O Q2 começou com a pista molhada. A opção pelos pneus intermediários foi unânime. Porém com o passar do tempo, volta a volta a pista ficava melhor e houve uma alternância de melhores tempos. Entretanto, faltando 30 segundos para o fim da sessão, a bandeira amarela pintou. Raikkonen, que então estava em décimo, deu motor muito forte na saída da curva três e estampou o muro no lado de fora. E por ali ficou.

Desespero para quem estava na linha de corte, que deveriam aliviar o pé naquele ponto. Entre esses, estava Sebastian Vettel. Ele bem que tentou melhorar, acelerou forte, mas seu carro deslizou muito. Fez o 13º melhor tempo e deu um tapa no volante ao ver que ficou de fora do Q3. Saiu do carro com a cara de poucos amigos. Mas não foi só ele o destaque negativo: além de Raikkonen, que destruiu o bico de sua Ferrari, e vai largar em 12º, Button foi eliminado, e vai largar em 11º. Kobayashi mais uma vez mostrou seu talento e foi mais rápido que Perez, da Force India, e vai largar em 15º.

Entre os carros que passaram para o Q3, domínio absoluto dos com motor Mercedes, sendo seis deles. A Renault colocou três - incluindo a dupla da Toro Rosso, e a Ferrari levada pelo talentosíssimo Fernando Alonso, que fez o terceiro tempo, atrás de Ricciardo (2º) e Rosberg, que foi o mais rápido.

O emocionante final

A última parte dos treinos, agora com 12 minutos, começou com a pista muito molhada. Todos saindo com o pneus para pista molhada, de faixa azul - com excessão de Alonso, que foi de intermediários. Depois de uma ou duas voltas rápidas, os pilotos fizeram suas opções: Ricciardo, Vergne, Hulkenberg e Massa optaram pelos intermediários. Alonso, que fez a troca, e o restante da turma, optaram pelo pneu de pista molhada.

E os 4 minutos restantes foram de grade emoção. Rosberg fez a primeira melhor parcial, mas errou e saiu da pista na freada da curva 9. Ricciardo, com intermediários, assumiu a ponta, mas Hamilton reapareceu para tomar sua liderança. O cronômetro zerou e Rosberg fez o melhor tempo. As câmeras mostraram Kvyat escapar, esbarrar no muro, mas não parou e não atrapalhou o pelotão que vinha para a última volta rápida.

Daniel Ricciardo, como super herói, entrou rápido na reta e, ao cruzar a linha de chegada, cravou o melhor tempo, para o delírio da torcida australiana. No box da Red Bull, a alegria dos mecânicos e dirigentes em ver aquele carro tão problemático ser o mais rápido. Uma comemoração de alívio. Mas não durou muito: Hamilton apontou a reta e melhorou o tempo do australiano em mais de três décimos, cravando a pole com o tempo de 1:44.231.

Rosberg acabou em terceiro, seguido por Magnussen que fez uma boa volta no final. Alonso, da mesma forma, melhorou seu tempo com os pneus para a pista molhada, fazendo o quinto melhor tempo. Vergne, da STR, quase tirou o tempo de Alonso, mas concluiu em sexto, logo a frente de um ótimo Niko Hulkenberg. Kvyat, apesar da deslizada, terminou em oitavo e foi bem recebido pela equipe. Massa, que não conseguiu melhorar seu tempo com os pneus intermediários, terminou em nono, dois segundos mais lento que Hulkenberg, e foi seguido de perto pelo seu companheiro, Bottas.

Para a corrida, que tem início às 3h deste domingo, com transmissão pela Rede Globo, há a previsão de chuva. Com pista molhada ou não, com os campeões largando lá atrás, e alguns estreantes na frente, a certeza é de diversão garantida!

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