Análise: GP da Austrália confirma favoritismo de equipes 'Mercedes' | aRede
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Análise: GP da Austrália confirma favoritismo de equipes 'Mercedes'

Fernando Rogala

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A primeira etapa do mundial de Formula 1, realizado neste fim de semana na Austrália, deu um panorama do que nos espera para a temporada. É claro que, por ser a primeira etapa, primeira corrida com os novos motores, houve muito conservadorismo para saber como os carros se comportariam, como gastariam, quais problemas poderiam ter. Não foi a corrida mais empolgante de todas, mas, também não foi a mais chata.

Apesar dos testes já mostrarem certas tendências, é obvio que poderíamos ter surpresas também na corrida. Poucas mas tivemos. De resto, algo já previsível, com a ordem praticamente vista nos primeiros treinos do ano. Certa decepção não veio desde o início, mas depois do Safety Car: no começo, houve uma disputa intensa. Aparentemente, teríamos um espetáculo com o acionamento do ERS em postos distintos do circuito, com o carro de trás surpreendendo o da frente em locais inesperados, desenhando para disputas constantes. Mas, no fim das contas, se viu uma corrida praticamente monótona. Em certo ponto da corrida, mesmo com vários carros colados, não houve disputas de posição. Se as corridas tinham muitas ultrapassagens com o DRS no ano passado, nem esse sistema - mais eficiente neste ano - foi capaz de propiciar as brigas tão esperadas. O sistema de economia de energia da mesma forma. E o ronco do motor, um desastre para o espetáculo

As quebras, que causaram certo temor, com alguns imaginando um GP como o da Austrália de 1997, marcado pelos abandonos, onde apenas 10 terminaram, aconteceram. Entretanto, não foram tantas como vimos nos testes. Carros parados na pista, uns 3 ou 4, como das Lotus e da Caterham de Ericsson. No total, 14 terinaram. No mais, o domínio esperado da Mercedes, a Williams confirmou que tem um carro de ponta, Mclaren confirmou como a terceira ou quarta força, praticamente ao lado da Ferrari. E a surpresa por conta da Red Bull, que apesar de pouco ter treinado, com muitos problemas, mostrou ter um carro de bom projeto, rápido.

Vitória de Nico Rosberg, com segunda colocação, na pista, de Daniel Riccardo (que posteriormente foi excluído por uma irregularidade na injeção de combustível), seguido pelas Mclarens de Kewin Magnussen e Button. Alonso chegou perto deles, e um resultado expressivo de Bottas, que, no final das contas, ficou com a quinta posição. Hulkenberg, em uma ótima apresentação, como sempre, em sexto e Kimi Raikkonen em sétimo.

Uma análise mais detalhada:
Largada - A primeira delas teve de ser abortada. Na saída para a volta de apresentação, Chilton ficou parado, e precisou largar nos boxes, atrás da Lotus de Maldonado. Os carros alinharam para a largada, mas as luzes amarelas se acenderam: agora foi a vez de Bianchi ter problemas e lá foi a segunda Marussia para largar nos pits. Uma volta a menos para os pilotos após nova volta de apresentação. E Vettel já reclamava de falta de força em seu propulsor. Na arrancada, Rosberg disparou para a ponta e Riccardo ficou um pouco para trás, mas recuperou. E, logo na primeira curva, a trapalhada de Kobayashi, que largou bem, se empolgou, errou a freada e estampou a traseira de Felipe Massa, que caiu fora da corrida. Pelo resultado de seu companheiro, mostra que Felipe tinha potencial de ficar entre os cinco primeiros. É provável que até terminado no pódium.

Início - A primeira volta foi a mais disputada. Briga de Magnussen e Hamilton, Alonso e Hulkenberg, rodada de Perez, e Vettel apenas em 15º. A primeira volta teminou com Rosberg na frente, seguido por Ricciardo, Magnussen, Hulkenberg, Alonso, Räikkönen e Bottas. Pouco depois, Bottas bota por fora e passa Kimi. Vettel e Hamilton abandonam por problemas. Em poucas voltas, Rosberg já havia aberto 4,5 segundos sobre Ricciardo e 9,3 segundos sobre Magnussen.

Safety Car - Na volta 12, ao perseguir Alonso, na disputa pela quinta posição, Bottas se excete, lambe o muro e tem a roda quebrada. O pneu sai do aro e metade da roda fica pela pista. Sofre, mas consegue chegar nos boxes. E cai lá para o final do peltão. O carro de segurança entra para compactar o grid. Button, que então estava no meio da muvuca, em 10º, entra nos boxes logo que o SLS AMG ganha a pista. Jogada de mestre. Com a parada dos outros, assume a sexta posição.

Metade - Na volta 24, forma-se um trenzinho entre o quarto e o oitavo. Enquanto Rosberg disparava na frente, sem errar, Hulkenberg ponteava o pelotão, seguido por Alonso, Button, Vergne e Raikkonen. Havia uma aproximação e distanciamento, mas nada de tentativa de ultrapassagem, apesar das duas zonas de DRS. Lá atrás, pouco menos de 10 voltas após a relargada, Bottas já estava em décimo, disputando a nona posição com Kvyat. Pouco depois, na volta 27, os primeiros retardatários para Rosberg. Duas voltas depois a Caterham de Ericsson para na pista por problema de pressão no óleo. Duas depois, é a vez de Maldonado parar.

Segunda Parada - No pelotão, Hulkenberg foi o primeiro a parar pela segunda vez, na volta 34. Raikkonen erra e permite a ultrapassagem de Bottas. Na volta 36, Alonso faz sua segunda parada, mas volta atrás de Button. Ocorre uma briga com Hulkenberg, que tenta o passar por fora na curva 3, mas recolhe. Os que faltavam parar vão para os pits na mesma hora. Raikkonen faz a troca em 2,2 segundos, mas nem com a entrada de Kvyat na frente de Bottas, que o atrapalha, é capaz de fazer o piloto da Ferrari recuperar a posição.

Final - Na volta 42, Magnussen se aproxima de Riccardo e Button começa a chegar nessa briga. Pouco atrás, Bottas continua sua recuperação, passando Vergne após o piloto da STR errar e dar uma 'traseirada' na última curva. E na volta 52, a cinco para o fim, Bottas faz a ultima das ultrapassagens, sobre Nico Hulkenberg. E assim, sem mais sobressaltos, com o domínio de Rosberg, que botou 26 segundos no resto, acabou a corrida em Melbourne. Quarta vitória do alemão na categoria.

Confira o resultado final:

Agora, a F1 volta daqui a duas semanas, no GP de Sepang, em Kuala Lumpur, na Malásia. Cidade que está em evidência pelo misterioso desaparecimento do avião que ia para a China...

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